A ACESSIBILIDADE NA ARTE: FOTOGRAFIA TÁTIL E MÚSICA ACESSÍVEL COMO FORMAS DE INCLUSÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA EM ESPAÇOS CULTURAIS

Resumo

Desde os primórdios a arte demonstra um importante papel na expressão de diferentes culturas e proporciona diferentes sentimentos a quem a consome. Nesse sentido, é preciso buscar meios que propiciem compreensão e apreciação dessas manifestações para todas as pessoas. Com o objetivo de aumentar a acessibilidade na arte, os projetos Fotografia Tátil e Música Acessível surgem como ferramentas de inclusão de pessoas com limitação sensorial visual ou auditiva, pois permitem a “visualização” pelo tato ou a “escuta” através da visão e tato. O projeto Fotografia Tátil, originado em 2014, busca incluir pessoas com deficiência visual na contemplação de fotografias e pinturas utilizando peças táteis produzidas por meio de técnicas de fabricação digital. Tais peças passam por um planejamento inicial que define como será a divisão das camadas da peça que, em seguida, serão vetorizadas. Após essa etapa, as camadas são fabricadas por meio do corte a laser e, posteriormente, coladas umas sobre as outras. Ao decorrer do ano, o projeto já expôs em diversos ambientes como na Universidade Estadual do Ceará, Centro de Eventos do Ceará, Museu da Fotografia de Fortaleza, Museu da Universidade Federal do Ceará, dentre outros. A outra vertente proposta consiste em um sistema de inclusão em apresentações musicais em tempo real para pessoas surdas. O sistema é composto por estímulo visual e vibro tátil que atuam de acordo com a captação do som. Ele vem sendo desenvolvido ao longo dos últimos anos, sendo testado em parceria com o Grupo de Violoncelos e Camerata de Cordas da UFC. Com essa parceria foram feitas diversas apresentações com uso das interações visuais, como o Concerto Studio Ghibli, que já passou pelo MAUC, Teatro José de Alencar, Teatro São José, Reitoria e diversos campi da UFC. Desse modo, os projetos Fotografia Tátil e Música Acessível buscam promover a inclusão de pessoas com deficiência em espaços culturais e, assim, possibilitar a democratização desses espaços.