PAISAGEM E MEMÓRIA EM REDE: O LUGAR DA LITERATURA NA GEOGRAFIA MUSEAL NO CEARÁ

Resumo

Deixando de ser ambientes exclusivamente físicos, os museus cearenses agora difundem seu acervo em postagens nas plataformas digitais como o instagram, por exemplo. A Geografia entra como uma forte aliada evidenciando a paisagem e a memória resguardada nesses lugares. A abordagem geográfica dos museus, a geografia museal, como denominamos, coloca em relevo o papel desses equipamentos na constituição de uma identidade coletiva que passa não só pelo reconhecimento da história (memória), mas também da geografia (paisagem) dos lugares. Sabendo da existência de diferentes tipos de museus, a presente pesquisa tece algumas reflexões acerca das diversas contribuições dos museus literários para o corpo acadêmico, docentes e discentes envolvidos, e para o espaço sócio cultural onde este se insere. É a paisagem enquanto elemento construto da memória. O mapeamento desses espaços tem como objetivo analisar como museus locais, compreendidos como espaços institucionais de elaboração do passado, do presente e mesmo do futuro, participam da construção da paisagem e da memória do lugar onde estão inseridos. A metodologia teve como ponto de partida leituras sobre as temáticas que circundam o projeto: museus, patrimônio cultural, geografia literária e memória; tomando como base Cavalcante (2020), Melo Filho (2018) e Oliveira (2018). Além disso, a realização de encontros mensais de grupos de estudos no Laboratório de Estudos Geoeducacionais e Espaços Simbólicos (LEGES) com o propósito de discutir as bibliografias. Sendo necessário o contato com os museus, foram realizadas entrevistas e pesquisas de campo como por exemplo no Museu da Escrita situado na cidade de Fortaleza. Apesar de encontrar-se em andamento, já é possível notar que os museus preservam a memória e a paisagem literária cearense apesar das rasuras do presente.