REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS NOS PACIENTES COM COVID-19: APLICAÇÃO DE RASTREADORES NA FARMACOVIGILÂNCIA

Autores

  • Beatriz Evangelista de Morais Lopes
  • Viviane Nascimento Cavalcante
  • Ana Claudia de Brito Passos

Resumo

INTRODUÇÃO: Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia de COVID-19. A pandemia produziu impactos importantes na saúde pública e na economia global. Um dos problemas de saúde que podem aumentar o tempo de internação, os gastos e a morbimortalidade são as reações adversas a medicamentos (RAM) que são respostas prejudiciais não intencionais a um fármaco utilizado nas doses normais para profilaxia, diagnóstico ou tratamento. OBJETIVO: Realizar a busca de suspeitas de RAM em pacientes com COVID-19 de uma unidade de terapia intensiva (UTI), utilizando rastreadores. MÉTODOS: Estudo do tipo quantitativo descritivo, realizado de março a junho de 2020, com revisão retrospectiva de uma amostra de prontuários dos pacientes internados na UTI de COVID-19 em um hospital do Ceará, usando uma lista de 24 rastreadores do Institute for Healthcare Improvement (IHI). Esses são divididos em parâmetros laboratoriais, prescrições medicamentosas e evolução clínica do paciente. RESULTADOS: Analisou-se uma amostra de 45 prontuários, contendo aproximadamente 70% de pacientes do sexo masculino e 75% acima de 50 anos. Nos parâmetros laboratoriais, aproximadamente 58% tiveram “creatinina sérica > 1,5 mg/dl” e 53% “transaminases > 100 U/L”. Nas prescrições medicamentosas, o predomínio foi dos “antieméticos” e dos “anti-histamínicos”, com cerca de 58% e 49% respectivamente. A dominância entre os sinais e sintomas foi em torno de 42% para “suspensão abrupta de medicamentos”. Não sendo encontrados ou relatados os rastreadores “INR > 6”, “prolongamento do intervalo QT < 500 ms”, “naloxona”, “sulfato de protamina” e “digoxina”. CONCLUSÃO: A utilização dos rastreadores do IHI busca monitorar a qualidade do cuidado, mediante a vigilância das RAM. Uma farmacoterapia eficaz e com bons resultados esperados, necessita que os medicamentos sejam utilizados no contexto clínico apropriado e que as RAM sejam notificadas, colaborando na segurança do paciente.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

VII Encontro de Iniciação Acadêmica