COMO O BULLYING LGBTFÓBICO AGE NAS ESCOLAS DO BRASIL?

Autores

  • Rayane Kellen Jardim Lima
  • Liliane de Oliveira Santana
  • Jose Gerardo Vasconcelos

Resumo

O caminho da descoberta sexual pode ser desafiador. No ambiente escolar, as diferentes situações vividas por crianças “queer” podem ser sufocantes e estigmatizadoras. Esta pesquisa objetivou identificar como o bullying LGBTfóbico age nos ambientes escolares do Brasil, partindo de referenciais teóricos sobre o tema. A escola deveria ser o espaço promotor das liberdades individuais, mas, sendo o contrário de tal ideal, com caráter dualista, baseia suas ações pedagógicas amparadas pela lógica de uma sociedade patriarcal. O bullying LGBTfóbico acontece na imposição de um “modelo certo” de se viver: o heteronormativo, nas exigências feitas, do fardamento escolar para “meninos e meninas” ao silenciamento das vítimas em casos extremos de violência física, sexual e psicológica. Tais ações têm como resultados a exclusão social e a negação de direitos básicos desses alunos, como o respeito do nome social. As agressões físicas e verbais sofridas vêm não só através de outros alunos, mas de toda a estrutura do sistema escolar, já que o conhecimento sobre o tema parece precário, seja pelo desinteresse, desinformação ou escolha da manutenção desse sistema cristão e conservador. A violência também é apontada nas reações das vítimas, seja praticando o bullying “convencional” com outros alunos, prejudicando laços de amizade e na forma como esse aluno se vê dentro da escola, levando-o à sensação de invisibilidade, que se reflete na sua formação como indivíduo social. Para garantir os direitos já obtidos pela comunidade LGBTQIA+ e quebrar a lógica heteronormativa, discussões efetivas acerca do tema devem ser levantadas, promovendo uma formação educacional de respeito à sexualidade e à identidade gênero para combater a marginalização desses alunos.

Downloads

Publicado

2022-01-01

Como Citar

Kellen Jardim Lima, R., Santana, L. de O., & Gerardo Vasconcelos, J. (2022). COMO O BULLYING LGBTFÓBICO AGE NAS ESCOLAS DO BRASIL?. Encontros Universitários Da UFC, 7(10), 1291. Recuperado de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/86048

Edição

Seção

IX Encontro de Programas de Educação Tutorial