EDUCAÇÃO MUSICAL E CORPORALIDADE: UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DAS OFICINAS EM REGÊNCIA NO MARACATU SOLAR.

Autores/as

  • Marlon Procopio Martins
  • Francisco Ozano Lima Arruda
  • Gerardo Silveira Viana Junior

Resumen

O presente trabalho trata da educação musical em espaços informais, tendo como objeto as oficinas de regência para batuque realizadas em 2021 na cidade de Fortaleza-CE. Contando com subsídios da Lei Aldir Blanc (14.017/20), tais oficinas destinaram-se à formação dos integrantes do Maracatu Solar, projeto desenvolvido desde 2006 pela Associação SOLAR, cujas atividades estão voltadas à cultura popular na capital cearense. Como parte das atividades de pesquisa do Grupo de Estudos em Saberes Populares (GESP), vinculado ao PET do Curso de Música da UFC, o trabalho em questão tem como objetivo realizar uma reflexão introdutória acerca das particularidades de uma formação em regência para batuque, suas relações com a corporalidade e a aprendizagem musical baseada na oralidade. Entre suas principais referência teóricas, destacam-se o método desenvolvido por Ciavatta (1996), que considera o caminhar associado à regência, à corporalidade e à notação gráfica por meio da oralidade; o conceito de chaves para um mestre de bateria (SANTOS, 2012); e a noção de corporalidade como forma de compreender o pulsar da vida (SILVA, 2008). Como metodologia, empregou-se a observação participante, e como instrumento de coleta de dados um formulário endereçado via internet aos integrantes das oficinas. No que diz respeito às conclusões parciais, foi possível observar que reger é tratar de uma relação com o ser humano diretamente, estabelecendo um diálogo com a diversidade que se baseia em uma concepção de pulso que não pode ser dissociada da corporalidade. Ainda foi possível observar a compreensão dos participantes sobre a importância do corpo como uma forma de internalizar o ritmo e se comunicar com o grupo de forma mais expressiva. Nesse sentido, ficou claro que a regência em batuque pressupõe saberes que não se restringem às convenções da regência erudita/ orquestral, uma vez que ela se comunica através de outras propostas, destacando-se o seu caráter emocional.

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Publicado

2022-01-01

Cómo citar

Procopio Martins, M., Ozano Lima Arruda, F., & Silveira Viana Junior, G. (2022). EDUCAÇÃO MUSICAL E CORPORALIDADE: UMA EXPERIÊNCIA A PARTIR DAS OFICINAS EM REGÊNCIA NO MARACATU SOLAR. Encontros Universitários Da UFC, 7(10), 1316. Recuperado a partir de https://periodicos.ufc.br/eu/article/view/86074

Número

Sección

IX Encontro de Programas de Educação Tutorial