FRATURA DE TERÇO MÉDIO DE TÍBIA E FÍBULA APÓS PERFURAÇÃO POR ARMA DE FOGO DE TRAJETO PECULIAR

Autores

  • Aloysio Teixeira Ferrer Neto
  • Rafael Murta Ferreira Rezende
  • Pedro Henrique Marques Amorim
  • Marina Albuquerque Matokanovic
  • Maria Luzete Costa Cavalcante

Resumo

Introdução: De acordo com o portal “Atlas da Violência”, houve um aumento de cerca de 344%% no número de óbitos por arma de fogo entre o ano de 1989 e 2017. Pacientes vítimas de ferimento de PAF (projétil de arma de fogo) que atingem tecidos profundos estão expostos a maiores riscos de infecção, devido à comunicação de órgãos internos com o meio exterior, além da lesão de múltiplos órgãos em casos mais complexos. Dentre esses casos, não é incomum encontrar pacientes com fraturas de ossos devido ao impacto de projéteis de alta energia. Relato de caso: Paciente, 15 anos, masculino, atendido em hospital de referência traumatológica em Fortaleza/CE com histórico de lesão por PAF. Relatava dor em MID e, ao exame físico, era possível observar lesão perfurocortante na região posterior distal da perna direita condizente com ferimento de entrada de projétil balístico, sem aparente presença de lesão de saída. Foi encaminhado para exame radiográfico que evidenciou fratura de terço distal de tíbia e fíbula, além de presença de corpo radiopaco condizente com projétil de arma de fogo em terço proximal da perna. O paciente foi encaminhado para cirurgia, onde foi realizado procedimento de osteossíntese (placa) no local de fratura, além da retirada do projétil alojado proximalmente, confirmada por raio-x pós operatório. Foi encaminhado para a enfermaria onde foram feitos exames laboratorias de acompanhamento. Evoluiu clinicamente estável e sem queixas. Recebeu alta 16 dias após dar entrada na emergência para acompanhamento de caráter ambulatorial. Conclusão: A trajetória desse caso é peculiar devido ao alojamento proximal do projétil, apesar de presença de ferimento de entrada e de fratura distais, possivelmente devido a ricochete ósseo que modificou o ângulo do trajeto da bala. Apesar disso, o tratamento cirúrgico mostrou-se eficaz em corrigir a fratura e o paciente evoluiu de forma estável até sua alta.

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Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XXXI Encontro de Extensão