O HIPERFOCO COMO FACILITADOR DA VINCULAÇÃO TERAPÊUTICA PELA CRIANÇA AUTISTA

Autores

  • Joicy Kelly Soares de Sousa
  • Ana Cristina Braga Saraiva
  • Taíssa Vitória de Sousa Bezerra
  • Brenda da Silveira Wilke
  • Marcus Vinicius dos Santos Vieira
  • Fabiane Elpidio de Sa Pinheiro

Resumo

Introdução: O hiperfoco como sintoma do autismo pode ser direcionado nas demandas terapêuticas da criança autista. Para isto, a inserção do hiperfoco na terapia precisa ser funcional e deve ser ressignificado. Destarte, o brincar é o mundo da criança, é a forma como ela se expressa, assim, no caso da criança autista, é possível associar a brincadeira ao hiperfoco, afim de atrair a criança para o processo terapêutico. Outrossim, é crucial inserir a atenção compartilhada a terapia, encorajando a família a aplicar o manejo do hiperfoco e do brincar, pois a estimulação continuada é essencial para o desenvolvimento da criança autista. Objetivo: Apresentar uma nova abordagem e assimilação funcional do hiperfoco como ferramenta terapêutica que proporcione vinculação e adesão a terapia tendo como suporte o brincar e a atenção compartilhada. Metodologia: Estudo do tipo relato de caso com uma criança autista com idade de 4 anos e 6 meses do sexo masculino atendida na Unidade Autismo do Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce no período de setembro de 2022. Na ocasião fora aplicado uma atividade contendo pistas visuais, as quais foram associadas a imagens de carrinhos de brinquedo, que é o hiperfoco do paciente. Posteriormente, o material foi doado para a mãe para que ela incentivasse a criança a brincar de forma funcional. Resultados: O teste durou 15 minutos e durante a aplicação a criança se manteve concentrada e interagindo com atividade, assim criando narrativas referentes aos personagens que eram apresentados na brincadeira. Ademais, mesmo manifestando um pouco de ansiedade para acessar o carrinho, a criança obedeceu aos comandos e somente pegou o brinquedo quando autorizado. Conclusão: o manejo adequado do hiperfoco tendo o brincar como suporte é uma ferramenta terapêutica viável para adesão da criança autista ao processo terapêutico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2022-01-01

Edição

Seção

XXXI Encontro de Extensão