SITUAÇÃO VACINAL DOS ALUNOS DE MEDICINA UFC CONSIDERANDO O LOCAL DE ORIGEM DO ALUNO.

Resumo

INTRODUÇÃO: Profissionais da saúde estão expostos a agentes biológicos, tendo risco aumentado, assim é fundamental manter a caderneta de vacinação atualizada. OBJETIVO: Descrever e analisar o estado vacinal de algumas vacinas dos estudantes de Medicina da UFC. MÉTODO: Foi solicitado aos estudantes do curso, que preenchessem formulário próprio sobre seu estado vacinal. Os alunos foram divididos em grupos considerando sua procedência (interior do Ceará, Fortaleza e outros estados) os dados foram analisados com o software IBM SPSS 22. RESULTADOS: Um total de 563 responderam, 20,6% de fora do Ceará, 17,6% do interior do estado e 61,8% de Fortaleza. De acordo com o declarado, 98,0% possuíam a vacina BCG e Hepatite B; 87% possuíam DTP; 88,4% possuíam vacinas contra a poliomielite, VIP e/ou VOP, bem como 82,9% apresentam a Tríplice Viral. Identificou-se uma baixa cobertura para Pneumo 10 e Rotavírus, respectivamente, 10,4% e 6,2%. Identificou-se diferenças significativas em algumas coberturas vacinais. Dos alunos, 21,6% possuíam a vacina Meningo C, sendo que os provenientes do interior do estado do Ceará tiveram uma cobertura 8,1% significativamente menor (p=0,001). Quanto a vacina da Febre Amarela, 45,8% apresentavam a vacina, tendo os alunos de fora do Ceará uma cobertura maior, apresentando 66,6%. Por sua vez a vacina da Hepatite A foi aplicada em 26,9% (p<0,001), e os alunos oriundos do interior do estado tiveram uma cobertura menor, com 21,8% (p=0,005). Do total de alunos 11,9% tinham Triviral + Varicela, com cobertura significativa maior para os alunos de Fortaleza com 15,5% (p=0,003). Por fim, as vacinas de Reforço da dT e Influenza tiveram uma cobertura de, respectivamente, 71,2% e 74,1%, na entrevista sem diferença significativa entre os grupos. CONCLUSÃO: Considerando o risco laboral para o profissional de saúde é preciso estimular enfaticamente a vacinação dos estudantes de Medicina, bem como sua atualização.