A POLÍTICA DE SUBSTITUIÇÃO DE IMPORTAÇÕES EM 1930 E NO II PND – UMA SÍNTESE COMPARATIVA.

Resumo

A década de 1930 foi marcada por forte industrialização, impulsionada pela crise de 29, que forçou o governo a adotar uma politica de substituição de importação (PSI) na área de bens não duráveis para fugir do estrangulamento da balança comercial. Já nos anos 70, houve outro fenômeno de substituição de importação na economia brasileira, mas dessa vez foi impulsionado por um plano nacional de desenvolvimento bem definido, que tinha como objetivo central, industrializar o setor de bens intermediários e de produção para enfrentar os gargalos que o setor industrial apresentava. Esse plano foi posto em meio a uma crise mundial do petróleo, onde o mundo estava partindo para medidas mais ortodoxas e o Brasil aplicou seu plano com medidas heterodoxas para combater o choque. Esses dois períodos da economia brasileira apresentaram algumas semelhanças, como os choques externos que os antecederam. Por outro lado, apresentam algumas diferenças na resposta a esses choques como a execução da Processo de Substituição de Importações (PSI) em 1930 e no II PND. Então, esse artigo tem como objetivo sintetizar o início do processo da substituição de importação na economia brasileira (1930), bem como o último período que se adotou tal política de desenvolvimento. Para isso, serão avaliados e comparados os instrumentos de política econômica utilizados, os setores priorizados na indústria, os objetivos e os resultados gerados na economia brasileira em termos de renda per capita, PIB industrial, inflação e balança comercial. Em um primeiro momento, serão descritos os aspectos históricos e econômicos que antecederam o processo, assim como uma síntese da política utilizada como resposta das crises pelos governos de 1930 e 1974. Por fim, serão descritos os resultados obtidos das respectivas políticas econômicas.