A ordem social na teoria de Max Weber

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/10.36517/rcs.52.1.a06

Resumo

Os estudos atualizativos dos escritos de Max Weber questionam seu estatuto de “individualista metodológico”. Perseguindo esses esforços antirreducionistas, visualizamos em seus escritos metodológicos (nomeadamente, Kategorien de 1913 e Grundbegriffe de 1921) uma a macrossociologia das ordens sociais – que será objeto de discussão neste estudo. Em termos formais, em ambos os textos Weber concebe a ordem como o ápice do nível macro. Em termos substantivos, todavia, enquanto em 1913 a ordem é exposta como uma regulamentação da relação social que possui validade formal, em 1921, ao inserir o elemento moral-normativo da vigência legítima, a ordem é descrita como um conjunto de deveres considerados máximas obrigatórias para as ações. Quer dizer,  Weber deixa de pensar a ordem somente em função do direito (ordem estabelecida) e passa a articular seu raciocínio a partir da política (ordem legítima).


Deprecated: rtrim(): Passing null to parameter #1 ($string) of type string is deprecated in /var/ojs/html/plugins/generic/piwik/PiwikPlugin.inc.php on line 113

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

, Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil

É doutoranda em Sociologia e Ciência Política na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Concluiu o Mestrado em Sociologia Política na mesma instituição em 2020, com bolsa CNPq. Fez licenciatura em Ciências Sociais na Universidade Regional de Blumenau (FURB) com bolsa de Iniciação Científica PIPe/Artigo 170 (2014 a 2017). Atuou, em 2015, como Professora de Sociologia e Filosofia no Instituição de Ensino Centro Educacional Recriarte. Atualmente é professora da Faculdade Porto das Águas (FAPAG). Desenvolve pesquisas sobre o pensamento de Max Weber, discutindo principalmente o tema da metodologia e epistemologia.

Referências

ALBERT, Gert. Holismo Metodológico Moderado: uma interpretação weberiana do modelo macro-micro-macro. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 15, n. 34, 2016.

ALBERT, Gert et al. Das Weber-Paradigma. Tübingen: Mohr Siebeck, 2003.

COLLIOT-THÉLÈNE, Catherine. Prefácio. In: WEBER, Max. Le savant et le politique. La profession et la vocation de savant. La profession et la vocation de politique. Paris: La Découverte, 2003.

COLLIOT-THÉLÈNE, Catherine. A sociologia de Max Weber. Petrópolis: Editora Vozes, 2016.

COHN, Gabriel. Max Weber. São Paulo: Editora Ática, 2000.

ESSER, Hartmut. Geltung, Legitimität und Herrschaft. In: _____. Soziologie Spezielle Grundlagen: Institutionen. Frankfurt: Campus Verlag, 2000.

GRAFSTEIN, Robert. The Failure of Weber's Conception of Legitimacy: Its Causes and Implications. The Journal of Politics, v. 43, n. 2, 1981.

GROSSEIN, Jean-Pierre. De l’interprétation de quelques concepts wébériens. Revue française de sociologie, 2005a, n. 4, v. 46.

GROSSEIN, Jean-Pierre. Max Weber “à la française”? De la nécessité d'une critique des traductions. Revue française de sociologie, v. 46, n. 4, 2005b.

KALBERG, Stephen. Max Weber's Comparative-Historical Sociology Today: Major Themes, Modes of Analysis, and Applications.* London: Routledge, 2012.

LASSALE, Ferdinand. O que é uma Constituição. Belo Horizonte: Editora Líder, 2002.

LEPSIUS, Rainer. Max Weber and institutional theory. Suíça: Springer, 2017.

LUHMANN, Niklas. Legitimationdurch Verfahren. Darmstadt: Luchterhand Verlag, 1975.

MERQUIOR, José Guilherme. Rousseau e Weber: dois estudos sobre a teoria da legitimidade.* Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1990.

ORIHARA, Hiroshi. From “A Torso with a Wrong Head” to “Five Disjointed Body-Parts without a Head”: A Critique of the Editorial Policy for Max Weber-Gesamtausgabe I/22. Max Weber Studies, v. 3, n. 2, 2003.

PARSONS, Talcott. The institutionalization of authority. In: WEBER, Max. The theory of social and economic organization. Nova York: Oxford University Press, 1947.

ROSSI, Pietro. Max Weber: una idea di Occidente. Roma: Donzelli, 2007.

SCHLUCHTER, Wolfgang. Handlung, Ordnung und Kultur. Heidelberg: Mohr Siebeck, 2005.

SCHLUCHTER, Wolfgang. Os conceitos sociológicos fundamentais: a fundamentação da sociologia compreensiva de Max Weber. In: O desencantamento do mundo: seis estudos sobre Max Weber. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2014.

SCHLUCHTER, Wolfgang. Max Weber Später Soziologie. Tübingen: Mohr Siebeck, 2016.

SELL, Carlos Eduardo. Weber no século XXI: desafios e dilemas de um paradigma weberiano. DADOS — Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 57, n. 1, 2014.

SELL, Carlos Eduardo. Resenha de: (MWG/12) — Sociologia Compreensiva e controvérsia sobre os valores. Escritos e Alocuções: 1908-1917. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 30, n. 3, 2018a.

SELL, Carlos Eduardo. Poder instituído e potência subversiva: Max Weber e a dupla face da dominação carismática. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 33, n. 98, 2018b.

STAMMLER, Rudolf. Wirtschaft und Recht nach der materialistischen Geschichtsauffassung. Leipzig: Verlang von Veit & Com., 1896.

VILLEGAS, Gil. Revisões e comentários. In: WEBER, Max. Economía y sociedad. México: FCE, 2014.

WEBER, Max. [MWG I/23] Wirtschaft und Gesellschaft: Soziologie (1919–1920). Knut Borchardt, Edith Hanke e Wolfgang Schluchter (Eds.) Tübingen: Mohr Siebeck, 2013.

WEBER, Max. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Tradução de Regis Barbosa e Keren Elsabe Barbosa. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2015.

WEBER, Max. Metodologia das Ciências Sociais. Tradução de Augustin Wernet. São Paulo: Cortez; Campinas: Editora Unicamp, 2016.

WEBER, Max. [MWG I/12] Verstehende Soziologie und Werturteilsfreiheit: schriften und reden (1908-1917). Johannes Weiss e Sabine Frommer (Eds.) . Tübingen: Mohr Siebeck, 2018.

WEISS, Raquel; BENTHEIN, Rafael Faraco. 100 anos sem Durkheim, 100 anos com Durkheim. Sociologias, Porto Alegre, n. 44, 2017.

Downloads

Publicado

01-03-2021

Deprecated: json_decode(): Passing null to parameter #1 ($json) of type string is deprecated in /var/ojs/html/plugins/generic/citations/CitationsPlugin.inc.php on line 49