O avesso de Sócrates: Xantipa e o lugar da mulher na história da Filosofia

Autores

Palavras-chave:

Xantipa. Sócrates. Platão. Questões de gênero.

Resumo

Na história da Filosofia, Sócrates é representado como um indivíduo de caráter firme e temperante, ainda que intelectualmente inquieto, cujas investigações inauguram reflexões de ordem propriamente ética no âmbito do pensamento antigo. Sua posição histórica é considerada tão central que ele é escolhido como termo para a periodização da própria Filosofia Antiga (com filósofos organizados a partir da curiosa noção de “pré-socráticos”). Sua esposa, Xantipa, por outro lado, é representada pela tradição biográfica antiga como mal-humorada, voluntariosa e intemperante. Em várias anedotas, ela encarna o avesso de tudo o que se espera de um filósofo. A fim de refletir sobre algumas construções pautadas por aspectos de gênero no âmbito da história da Filosofia, vamos analisar o valor metonímico que representações de Sócrates, Xantipa e outras figuras femininas do seu entorno adquirem em obras filosóficas, especialmente naquelas compostas por Platão.

Biografia do Autor

Rafael Guimarães Tavares da Silva, Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Mestrado e Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (FALE/UFMG). Professor de Literatura da Universidade Estadual do Ceará (UECE), Campus Aracati, e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Filosofia dessa mesma instituição.

Sara Camila Barbosa dos Anjos, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (FALE/UFMG), com interesse de pesquisa nas áreas de literatura, mitologia, tradução, teatro, estudos e gênero e recepção clássica.

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Publicado

2024-07-08

Edição

Seção

Dossiê Transposições nos Estudos da Antiguidade(s)