CULTIVO LARVAL DA OSTRA DO MANGUE, Crassostrea rhizophorae (GUILDING, 1828), EM DIFERENTES CONDIÇÕES DE TEMPERATURA, SALINIDADE E DENSIDADE

Autores

  • Marcelo Bandecchi Botelho de Miranda Bolsista do CNPq no Mestrado em Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Fortaleza
  • João Guzenski Laboratório de Cultivo de Moluscos Marinhos, Universidade de Santa Catarina, Florianópolis/EPAGRI

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v32i1-2.31356

Palavras-chave:

aquicultura, ostra-do-mangue, cultivo larval, temperatura, salinidade

Resumo

A larvicultura em escala comercial da ostra do mangue, Crassostrea rhizophorae, tem sido objeto de estudo de vários órgãos governamentais e empresas privadas, uma vez que esta pode ser capaz de garantir um suprimento estável de sementes para os cultivos. O presente trabalho foi desenvolvido na tentativa de se estabelecer as condições ideais para o crescimento larval de C. rhizophorae. Foram analisados os principais fatores para o cultivo de larvas da espécie: temperatura, salinidade, densidade larval, uso de antibiótico e quantidade de alimento. A contaminação por bactérias é provavelmente o maior problema que deve ser levado em consideração na larvicultura de C. rhizophorae. Sem o uso de antibiótico não foi possível concluir os cultivos. Altas temperaturas podem favorecer o crescimento de bactérias no cultivo e baixas temperaturas reduzem o crescimento de larvas. A temperatura de 25°C foi considerada a melhor entre aquelas testadas. C. rhizophorae é uma espécie cujas larvas se adaptam melhor a salinidades abaixo da oceânica, entre 25 e 30%o. Altas concentrações larvais são prejudiciais aos cultivos. Densidades entre 5 e 15 larvas/ml são recomendadas para o início dos trabalhos. O cultivo larval de C. rhizophorae é tecnicamente viável em escala laboratorial e semi-comercial, mas estudos sobre a viabilidade econômica devem ser realizados.

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Publicado

2018-03-05

Edição

Seção

Artigos originais