EVOLUÇÃO E SITUAÇÃO ATUAL DA POLUIÇÃO NA ENSEADA DO MUCURIPE (FORTALEZA - CEARÁ- BRASIL)

Autores

  • Fábio Perdigão Vasconcelos Pesquisador do Laboratório de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará, atualmente Professor da Universidade Estadual do Ceará.
  • Maria Thereza Damasceno Melo Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v30i1-2.31396

Palavras-chave:

sedimentos, poluição química, dragagem

Resumo

O primeiro estudo sobre poluição na Enseada do Mucuripe, em 1979, indicou altos valores de poluentes antrópicos nos sedimentos, principalmente óleos e graxas (até 8,1% do peso seco). Após os trabalhos de dragagem realizados entre 1979 e 1989 na bacia portuária, as concentrações dos poluentes nos sedimentos apresentaram uma tendência decrescente. Entretanto, os sedimentos da área central da enseada apresentam valores elevados de óleos e graxas, chegando a 0,51% do peso seco, ainda superiores aos níveis recomendados pela legislação internacional. Os baixos teores de carbono orgânico associados aos elevados valores da demanda química de oxigênio indicam uma tendência de dominação da oxidação química sobre os processos
bioquímicas. A água apresentou valores normais de temperatura, salinidade e oxigênio dissolvido, não apresentando estratificação entre as camadas superficial e de fundo. Foi observada uma pequena diminuição dos teores de oxigênio dissolvido entre a superfície e o fundo, indicando um maior consumo de 0 2 na interface água-sedimento. No caso da Enseada do Mucuripe, é possível que os trabalhos de dragagem tenham contribuído para uma melhoria da qualidade do substrato, através da diluição dos poluentes por dispersão dos sedimentos.

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Publicado

2018-03-06

Edição

Seção

Artigos originais