MANUEL ANTONIO DE ANDRADE FURTADO NETO 1963 - 2019

Autores

  • Mayra Bezerra Vettorazzi Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos(EvolVe), Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará,
  • Vicente Vieira Faria Laboratório de Evolução e Conservação de Vertebrados Marinhos(EvolVe), Departamento de Biologia, Centro de Ciências, Universidade Federal do Ceará,

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v53i1.44822

Resumo

Manuel Antonio de Andrade Furtado Neto foi um pesquisador pioneiro no campo
da genética populacional, da conservação e evolutiva de vertebrados marinhos no Brasil.
Ele foi um dos primeiros cientistas no país a aplicar a, hoje famosa, técnica de reação em
cadeia da polimerase (PCR) a organismos aquáticos. Ele forneceu, na década de 1990, a
primeira evidência genética que sugeria que o boto-cinza (costa atlântica da América do
Sul) e o tucuxi (bacia amazônica) eram espécies distintas. Na época, o boto-cinza e o tucuxi
eram ainda considerados uma mesma espécie, Sotalia fluviatilis, e a divergência entre eles
ao nível de espécie, foi confirmada por outros colegas apenas na década seguinte. Também
esteve na vanguarda da aplicação de técnicas de marcadores moleculares a outros organismos
marinhos do país, incluindo pargos, atuns, lagostas e tubarões. Entre estes, o estudo
da filogenia molecular dos cações-anjo se destaca, tendo sido, até o momento, o único
a gerar e disponibilizar publicamente uma sequência de DNA da espécie de cação-anjo
criticamente ameaçada Squatina argentina.

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Publicado

2020-08-31

Edição

Seção

Artigos originais