PADRÕES DE DISTRIBUIÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL DE Littoraria angulifera (LAMARCK, 1822) NOS ESTUÁRIOS DOS RIOS CEARÁ E PACOTI, ESTADO DE CEARÁ

Autores

  • Rafaela C. Maia Programa de Pós-Graduação em Biologia Marinha, Departamento de Biologia Marinha, Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ
  • Flávia B. Lima-Verde Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,
  • Karine F. Rolemberg Programa de Pós-Graduação em Ciências Marinhas Tropicais, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará,

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v43i2.5992

Palavras-chave:

estuário, Littoraria angulifera, manguezal, morfologia da concha

Resumo

O presente estudo avalia hipótese de que o tamanho da concha e a abundância de Littoraria angulifera (Gastropoda, Littorinidae) estão relacionados com sua posição nas árvores do manguezal (gradiente vertical) e distância do rio (gradiente horizontal) em resposta à dessecação. Os exemplares foram coletados em dois estuários na região metropolitana de Fortaleza, o do rio Pacoti e do rio Ceará. A abundância e o tamanho dos organismos não diferiram entre os dois estuários amostrados, mas a relação altura: largura da concha foi maior no estuário do Ceará. A abundância de caramujos de L. angulifera foi significativamente maior abaixo da altura do peito nos dois locais estudados. Já o tamanhoda concha apresentou um padrão inverso, onde os maiores valores foram encontrados acima da altura do peito. Não foram encontradas diferenças significativas no formato da concha entre as posições. No gradiente horizontal, também foram encontradas diferenças significativas na abundância e no tamanho deL. angulifera , porém a proporcionalidadeda concha não variou entre as parcelas amostradas em ambos os estuários. Os dados apresentados neste estudo indicam variações morfológicas da concha L. anguliferaem resposta às condições ambientais da área de estudo. Esse conhecimento é essencial uma vez que as regiões de manguezais estão cada vez mais sujeitas a  perturbações antrópicas e conseqüentes mudanças globais de temperatura.

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Publicado

2010-11-01

Edição

Seção

Artigos originais