CONCENTRAÇÃO DE MERCÚRIO TOTAL EM CAVALA, Scomberomorus cavalla, E SERRA, Scomberomorus brasiliensis, COMERCIALIZADAS NAS BANCAS DE PESCADO DO MUCURIPE, FORTALEZA, CEARÁ

Autores

  • Breno Gustavo Costa Bolsista do CNPq, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza
  • Luiz Drude de Lacerda Professor Adjunto, Instituto de Ciências do Mar, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v42i1.6035

Palavras-chave:

mercúrio, peixes carnívoros, exposição humana

Resumo

A biomagnifi cação do mercúrio (Hg) ao longo da cadeia trófi ca resulta em um aumento da exposição humana a este metal por populações consumidoras de pescado. No presente estudo é determinada a concentração de Hg em duas espécies de peixes carnívoros, Scomberomorus cavalla e Scomberomorus brasiliensis, bastante consumidos pela população local, e comercializados nas bancas de pescado do Mucurípe, Fortaleza. Foram também estimadas as doses de exposição ao poluente. Foram analisados 13 espécimes de S. cavalla (0,7 - 12,0 kg; 59 - 126,6 cm) e 10 de S. brasiliensis (0,7 - 3,8 kg; 53 - 88 cm). As concentrações de Hg total no músculo variaram de 36,0 a 1736,5 ng.g-1 em S. cavalla e de 87 a 497,0 ng.g-1 em S. brasiliensis. No fígado as concentrações variaram de 81,7 - 3901,9 ng.g-1 e 48,9 - 699,1 ng.g-1 e na a pele de 8,7 - 173,5 ng.g-1 e 10,5 - 331,1 ng.g-1, para S. cavalla e S. brasiliensis, respectivamente. As concentrações de Hg em todos os tecidos analisados nas duas espécies apresentaram-se signifi cativamente correlacionadas com o comprimento dos indivíduos. Em S. cavalla foram encontrados valores acima do recomendado para consumo humano em indivíduos maiores que 110 cm. Este resultado não foi observado em S. brasiliensis. A exposição humana máxima estimada para as condições da população de Fortaleza, fi cou muito abaixo dos limites máximos permitidos pela legislação vigente.

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Publicado

2009-07-01

Edição

Seção

Artigos originais