FOSTERING CONSERVANCY THROUGH BIOPROSPECTION: THE PHARMACEUTICAL VALUE OF THE BRAZILIAN ASCIDIAN FAUNA

Promovendo a conservação por meio da bioprospecção: o valor farmacêutico da fauna brasileira de ascídias

Autores

  • Bianca Del Bianco Sahm Laboratório de Farmacologia Marinha, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.
  • Larissa Alves Guimarães Núcleo de Pesquisa em Ciências Médicas (NPCMed), Campus Senador Helvídio Nunes de Barros, Universidade Federal do Piauí, Picos, PI, Brasil
  • Diego Veras Wilke Laboratório de Bioprospecção e Biotecnologia Marinha, Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE, Brasil
  • Anelize Bauermeister Laboratório de Farmacologia Marinha, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Collaborative Mass Spectrometry Innovation Center, Skaggs School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, University of California, San Diego, CA, USA
  • Leticia Veras Costa-Lotufo 1 Laboratório de Farmacologia Marinha, Instituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
  • Paula C. Jimenez Laboratório de Bioprospecção de Organismos Marinhos, Instituto do Mar, Universidade Federal de São Paulo, Santos, SP

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v55iEspecial.78211

Resumo

O valor intrínseco da natureza é incomensurável. Dito isso, por meio da bioprospecção – a busca sistemática de produtos ou processos funcionais a partir de organismos vivos –, os oceanos e a vida marinha emergiram como uma fonte relevante de biodescobertas com significativo valor econômico. Particularmente considerando a indústria farmacêutica, um número crescente de moléculas naturais de origem marinha tem sido alvo de pesquisa e desenvolvimento e recebido aprovação para uso clínico. Ainda assim, em seus primeiros dias, isso se tornou uma prática extrativista, colocando os ambientes marinhos em risco e quase levando espécies à extinção por meio da coleta excessiva. Embora agora seja bem compreendido que a exploração dos recursos vivos dos oceanos deve suportar uma agenda sustentável, protegendo o meio ambiente de perdas genéticas não naturais, foi o desenvolvimento no sentido de alcançar estratégias bioprospectivas mais eficientes e meios não destrutivos, mas viáveis para garantir o suprimento do produto que impulsionou os maiores avanços nesse campo. Aqui, apresentamos essa história contando-a ao longo de uma jornada de 20 anos – e alguns desvios – que fizemos no estudo químico e farmacológico da ascídia Eudistoma vannamei, uma espécie endêmica do litoral nordeste do Brasil, que possui novos produtos naturais com modos de ação notáveis. De fato, as ascídias figuram entre os organismos marinhos mais talentosos farmacologicamente, tendo produzido os princípios ativos de três novos medicamentos anticâncer, um dos quais está sendo considerado para reposicionamento para o tratamento de covid-19. Por fim, argumentamos que enfatizar o incessante potencial biotecnológico da diversidade biológica marinha, aqui exemplificado pelas ascídias brasileiras, mas certamente verdadeiro em todo o mundo para este e tantos outros grupos, funcionaria a favor da conscientização e apoio a estratégias de promoção da conservação dos oceanos.

 

Palavras-chave: biotecnologia azul, biodiversidade marinha, ascídias, bioprodutos, inovação.

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Publicado

2022-03-21

Edição

Seção

Revisões científicas