GETTING BY ANTHROPOCENE WITH A LITTLE HELP FROM MICROBES

Passando pelo Antropoceno com uma pequena ajuda dos micróbios

Autores

  • Tallita Cruz Lopes Tavares Marine Sciences Institute, Federal University of Ceará (UFC), Fortaleza, Brazil.

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v55iEspecial.78213

Resumo

Quando o homem moderno evoluiu na África há 250 mil anos como caçador-coletor, sonharia ele com megacidades e máquinas voadoras? Será que ele entenderia como nós conseguimos criar e expandir de forma tão intensa que isso poderia causar o nosso próprio declínio, como um Ícaro que atinge o Sol enquanto a cera de suas asas derrete? Atualmente, conforme encontramos mais e mais evidências dos impactos negativos que causamos à biosfera, também buscamos por soluções para escrever um futuro diferente, um futuro sustentável. Nessa perspectiva, eu apresento como uma abordagem microbicêntrica (centrada nos micro-organismos) pode ajudar a atingir muitos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com base no conhecimento de que os micro-organismos são os motores da vida na Terra. A ciência da microbiologia mostrou que a maioria dos micro-organismos não é patogênica, mas vive em associação próxima com quase qualquer planta ou animal, com muitas vantagens que podem, certamente, ser utilizadas de modo baseado em evidências. Cada um dos 17 ODS pode ser fortalecido ao se considerar micro-organismos – desde melhorar ou restaurar a fertilidade do solo a produzir alimento e proteger os ecossistemas ligados ao carbono azul, como corais e manguezais. Reconhecer que esses seres minúsculos possuem uma das chaves para um futuro sustentável é essencial, o que pode ser atingido pelo fortalecimento da pesquisa, ações de letramento ou alfabetização microbiana e cooperação entre cientistas e outros atores, como tomadores de decisões e sociedade. Os micro-organismos podem nos ajudar a criar oportunidades para o futuro, como um Dédalo que finalmente é ouvido por um arrogante Ícaro.

Palavras-chave: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, bioeconomia, inovações microbianas, sustentabilidade, mudanças climáticas.

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Publicado

2022-03-18