ESTRESSE NO TRABALHO: ESTUDO COM TAXISTAS NA CIDADE DE BELO HORIZONTE

Autores

  • Juliana Celeste Matos Braga Faculdade Novos Horizontes (UNIHORIZONTES)
  • Luciano Pereira Zille Faculdade Novos Horizontes (UNIHORIZONTES)

DOI:

https://doi.org/10.19094/contextus.v13i1.475

Palavras-chave:

Estresse no trabalho. Taxistas. Tensão no trabalho. Estratégias de enfrentamento. Taxistas na cidade de Belo Horizonte.

Resumo

Este estudo teve como objetivo geral, a análise do estresse no trabalho, no que se refere a sua intensidade, aos sintomas prevalentes, às fontes de tensão no trabalho e às estratégias de enfrentamento de taxistas que atuam na cidade de Belo Horizonte/MG. Em termos metodológicos, trata-se de um estudo descritivo-explicativo, com abordagem quantitativa e qualitativa, envolvendo 458 taxistas. Os resultados quantitativos apontaram que 26,4% dos taxistas apresentaram quadro de estresse, porém a análise qualitativa revelou que os sujeitos pesquisados apresentaram manifestações mais severas de estresse do que aquelas que os dados quantitativos evidenciaram. Significativas fontes de tensão no trabalho e a utilização, com regularidade, de estratégias de enfrentamento ao estresse também foram observadas.

Biografia do Autor

Juliana Celeste Matos Braga, Faculdade Novos Horizontes (UNIHORIZONTES)

Mestre em Administração pela Faculdade Novos Horizontes (UNIHORIZONTES); Psicóloga da Universidade Federal de Ouro Preto

Luciano Pereira Zille, Faculdade Novos Horizontes (UNIHORIZONTES)

Doutor em Administração pela Universidade Federal de Minas Gerais; Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado Acadêmico da UNIHORIZONTES

Referências

ANAUT, M. A resiliência: ultrapassar os traumatismos. Lisboa: CLIMEPSI, 2005.

BALLONE, G. J. Curso sobre stress. In: Psiqweb. Psiquiatria Geral. 2008. Disponível em: http://www.psiqweb.med.br/site/ Acesso em: 20 mar. 2012.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 2004.

BELO HORIZONTE. Prefeitura Municipal. Portaria BHTRANS DPR n.º 190/2008 de 24 de dezembro de 2008. Altera e consolida o Regulamento do Serviço Público de Táxi. Disponível em: . Acesso em: 28 maio. 2012.

BRAGA, C. D. ; MARQUES, A. L. ; ZILLE, L. P. Estresse ocupacional e as tecnologias de gestão: o impacto do trabalho dos gestores que atuam em empresas privadas no estado de Minas Gerais. In: SEMINÁRIOS EM ADMINISTRAÇÃO - SemeAD, 15. 2012. Anais... São Paulo: USP, 2012.

BERNIK, V. Estresse: o assassino silencioso. 2006. Disponível em: http://www.cerebromente.org.br/n03/doencas/stress.htm. Acesso em: 10 abr. 2013.

CARUSO, C. C. et al. Long working hours, safety, and health: toward a national research agenda. American Journal of Medicine., v. 49, n. 11, p. 932-940, 2006.

COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em administração. São Paulo: Bookman, 2006.

COOPER, C. L. et al. Living with stress. London: Penguin Books, 1998.

COOPER, C. L. A natureza mutante do trabalho: o novo contrato psicológico e os estressores associados. In: Stress e qualidade de vida no trabalho: perspectivas atuais da saúde ocupacional. São Paulo: Atlas, 2005.

COUTO, H. A. Stress e qualidade de vida dos executivos. Rio de Janeiro: COP, 1987.

COUTO, H. A. Ergonomia do corpo e do cérebro no trabalho: os princípios e a aplicação prática. Belo Horizonte: ERGO, 2014.

CRUZ, R. M. Psicodiagnóstico de síndromes dolorosas crônicas relacionadas ao trabalho. 2001. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção) - Universidade Federal de Santa Catariana, Florianópolis, 2001.

DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. São Paulo: Cortez/Oboré, 1992.

DEJOURS, C. Psicodinâmica do Trabalho na Pós-modernidade. In: MENDES, A.M; LIMA, S. C. C; FACAS, E. P. (Org). Diálogos em psicodinâmica do trabalho. Brasília: Paralelo 15, 2007.

DORNELAS, R. A. Trabalhador taxista: algumas considerações sobre sua saúde e seu processo de trabalho. Rio de Janeiro: Ministério da Saúde/Fundação Oswaldo Cruz/Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio/Curso Técnico de Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental, 2006.

EMLAD R. et al. What prevents professional drivers from following physician’s cardiologic advices? Psychoter Psychosom, v. 67, n. 4/5, p. 226-240, 1998.

EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE - BHTRANS. Serviço público de transporte por táxi de Belo Horizonte. Relatório Interno da BHTRANS. Belo Horizonte, 2012a.

EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE - BHTRANS. Edital de concorrência pública. nº 02/2012. Licitação para execução do serviço de transporte por táxi do município de Belo Horizonte sob o regime jurídico de permissão delegada a pessoa física e jurídica. Belo Horizonte, 2012b.

EMPRESA DE TRANSPORTES E TRÂNSITO DE BELO HORIZONTE - BHTRANS. Serviço público de transporte por táxi de Belo Horizonte. Relatório Interno da BHTRANS... Belo Horizonte, 2013

FERREIRA, M. C. Qualidade de vida no trabalho: uma abordagem centrada no olhar dos trabalhadores. Brasília: Paralelo, 2012.

FRASER, T. M. Human stress, word and job satisfaction. New York: Springer Publications, 1983.

HONÓRIO, L. C. Cisão e privatização: impactos sobre a qualidade de vida no trabalho de uma empresa de telefonia celular. 1998. Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 1998.

HUMPREY, J. N. ; HUMPREY, J. H. Coping with stress teaching. London: Mas Press, 1986.

INTERNATIONAL STRESS MANAGEMENT ASSOCIATION - ISMA. Estocolmo: Bulletin, 2004.

KIECOLT-GLASSER, J. K. et al. Distress and DNA repair in human kyphoctyes. Journal of Behavioral Medicine, v. 8, n. 4, p. 311-320, 1985.

KRANTZ, D. S.; MANUCK, S. B. Acute psychophysiology reactivity and risk of cardiovascular disease: a review and methodology critique. Psychological Bulletin – American Psychological Association, v. 3, n. 96, p. 435-464, 1984.

LAZARUS, R. S.; FOLKMAN, S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer, 1984.

LEVI, L. Sociedade, stress e doença - investimentos para a saúde e desenvolvimento: causas, mecanismos, consequências, prevenção e promoção. In: CONGRESSO DE STRESS DA ISMA-BR, 3. FÓRUM INTERNACIONAL DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, 5. Porto Alegre: Anais... 2003. Disponível em: http://www.ismabrasil.com.br Acesso em: 20 mar. 2013.

LEVI, L. Sociedade, stress e doença - investimentos para a saúde e desenvolvimento: causas, mecanismos, consequências, prevenção e promoção. In: CONGRESSO DE STRESS DA ISMA-BR, 5. FÓRUM INTERNACIONAL DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO, 7. Porto Alegre: Anais... 2005. Disponível em: http://www.ismabrasil.com. Acesso em: 20 mar. 2013.

LIMONGI-FRANÇA, A. C.; RODRIGUES, A. L. Stress e trabalho: uma abordagem psicossomática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

LIPP, M. N.; TANGANELLI, M. Stress e qualidade de vida em magistrados da justiça do trabalho, diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: Reflexão e Crítica, v. 15, p. 537-548, 2002.

MARRAS, J. P; VELOSO, H. M. Estresse ocupacional. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

MELO, M. C. O. L. et al. Em busca de técnicas complementares em pesquisa qualitativa no campo da administração. In: ENCONTRO DE ENSINO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE, 1, 2007, Recife. Anais... Recife: ANPAD, 2007.

MYERS, D. Psicologia. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2006.

OBSERVATÓRIO BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE DROGAS - OBID. II Levantamento Domiciliar sobre uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil. Relatório de Pesquisa, 2005.

OLIVEIRA, F. A. et al. Avaliação dos fatores de pressão no trabalho médico e sua relação com o estresse: um estudo em uma unidade de ultrasonografia da rede pública em comparação com unidades da rede privada. Curitiba. In: ENCONTRO NACIONAL DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 28. Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2004 – CD-ROM.

REICHERT, F. F. et al. The role of perceived personal barriers to engagement in leisure-time physical activity. American Journal of Public Health, v. 97, n. 3, p. 515-519, 2007.

RIO, R. P. O fascínio do stress. Belo Horizonte: Del Rey, 1995.

SANTAGOSTINHO, G. et al. Catecholaminergic, neuroendocrine and anxiety responses to acute psychological stress in health subjects: influence of alphrazolam administrations. Neuropsychobiology, v. 34, n. 1, p. 36-43, 1996.

SELYE, H. Syndrome produced by diverse nocuous agents. Nature, v. 138, n. 32, 1936.

SELYE, H. Stress: a tensão da vida. São Paulo: IBRASA, 1956.

SPECTOR, P. E. Psicologia nas organizações. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

TAMAYO, A. Cultura e saúde nas organizações. Porto Alegre: Artmed, 2004.

TURATO, E. R. Tratado de metodologia da pesquisa clínico-qualitativa: construção teórico-epistemológica, discussão comparada e aplicação nas áreas de saúde e humanas. Petrópolis: Vozes, 2003.

ZILLE, L. P. Novas perspectivas para a abordagem do estresse ocupacional para gerentes: estudos em organizações brasileiras de setores diversos. 2005. Tese (Doutorado em Administração) - Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2005.

ZILLE, L. P.; BRAGA, C. D.; ZILLE, G. P. Estresse ocupacional em gestores:

como os brasileiros estão respondendo às transformações na função gerencial? In: SANT’ANNA, A. S.; KILIMNIK, Z. M. Qualidade de vida no trabalho: abordagens e fundamentos. Rio de Janeiro: Campus, 2011.

ZILLE, et al. Tensões no trabalho e a realidade dos gestores brasileiros. In: Desafios econômicos e gerencias das relações luso-brasileiras: uma década em perspectiva. Lisboa: Edições Colibri, 2013.

ZILLE, et al. Estresse no trabalho: impactos na saúde e nos indicadores de produtividade dos gestores que atuam em órgãos da administração pública do estado de Minas Gerais. Belo Horizonte: FAPEMIG/UFMG/FNH, 2014 (Relatório de Pesquisa – Bibliotecas CEPEAD/UFMG; Faculdade Novos Horizontes).

Downloads

Publicado

2015-01-30

Como Citar

Braga, J. C. M., & Zille, L. P. (2015). ESTRESSE NO TRABALHO: ESTUDO COM TAXISTAS NA CIDADE DE BELO HORIZONTE. Contextus – Revista Contemporânea De Economia E Gestão, 13(1), 34–59. https://doi.org/10.19094/contextus.v13i1.475

Edição

v. 13 n. 1: jan/abr 2015

Seção

Artigos

Licença

 

Os autores, no ato da submissão, aceitam a declaração abaixo:

Nós autores mantemos sobre nosso artigo publicado os direitos autorais e concedemos à revista Contextus o direito de primeira publicação, com uma licença Creative Commons na modalidade Atribuição – Não Comercial 4.0 Internacional, a qual permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.

Temos ciência de estarmos autorizados a assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), também com reconhecimento tanto da autoria, quanto da publicação inicial neste periódico.

Atestamos que o artigo é original ou inédito, não foi publicado, até esta data, em nenhum periódico brasileiro ou estrangeiro, quer em português, quer em versão em outra língua, nem está encaminhado para publicação simultânea em outras revistas.

Sabemos que o plágio não é tolerado pela revista Contextus e asseguramos que o artigo apresenta as fontes de trechos de obras citadas, incluindo os de qualquer trabalho prévio produzido e publicado pelos próprios autores.