Indicadores de qualidade de vida no trabalho para professores de instituições públicas de ensino superior: Uma comparação entre Brasil e Canadá
DOI:
https://doi.org/10.19094/contextus.2023.88623Palavras-chave:
QVT, sentido do trabalho, comprometimento organizacional, Minas Gerais, QuebecResumo
O principal objetivo desse artigo é avaliar os indicadores de qualidade de vida no trabalho (QVT) para os professores universitários, e comparar os indicadores de QVT em universidades públicas no Brasil e no Canadá. A amostra deste estudo é constituída por 205 professores de Minas Gerais e 269 do Quebec. Os dados foram coletados através de um questionário online aplicado em fevereiro e março de 2013. Três diferenças significativas foram encontradas entre as duas amostras: sentido no trabalho, comprometimento afetivo e comprometimento de continuidade. Os professores brasileiros parecem encontrar mais sentido no trabalho do que os canadenses e têm mais comprometimento afetivo com suas instituições.
Referências
Aragão, G., & Pedrão, F. (2011). Análise comparativa Brasil-Canadá: possibilidades de cooperação. In Anais do XI Congresso Internacional da Associação Brasileira de Estudos Canadenses (ABECAN), Salvador, Brasil, 11.
Aronsson, G., Gustafsson, K., & Dallner, M. (2000). Sick but yet at work. An empirical study of sickness presenteeism. Journal of Epidemiol Community Health, 54, 502-509. https://doi.org/10.1136/jech.54.7.502
Biron, C., Brun, J., Ivers, H., & Cooper, C. L. (2006). At work but ill: Psychosocial work environment and well-being determinants of presenteeism propensity. Journal of Public Mental Health, 5(4), 26-37. https://doi.org/10.1108/17465729200600029
Boisvert, M. P. (1977). The quality of working life: An analysis. Human Relations, 30(2), 155-160. https://doi.org/10.1177/001872677703000204
Carlson, D. S., Grzywacz, J. G., & Zivnuska, S. (2009). Is work-family balance more than conflict and enrichment? Human Relations, 62(10), 1459-1486. https://doi.org/10.1177/0018726709336500
Carlson, D. S., Kacmar, K. M., Wayne, J. H., & Grzywacz, J. G. (2006). Measuring the positive side of the work-family interface: Development and validation of a work-family enrichment scale. Journal of Vocational Behavior, 68(1), 131-164. https://doi.org/10.1016/j.jvb.2005.02.002
Chrétien, L., & Létourneau, I. (2010). La conciliation travail-famille: Au-delà des mesures à offrir, une culture à mettre en place. Gestion, 35(3), 53-61. https://doi.org/10.3917/riges.353.0053
Constantino, M. A. C. (2007). Avaliação da Qualidade de Vida: desenvolvimento e validação de um instrumento, por meio de indicadores biopsicossociais, junto à comunidade da Universidade de São Paulo-USP (Dissertação de mestrado). Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil.
Cooper, C. L. (1985). The stress of work. Aviation, Space and Environmental Médecine, 56(1), 627-632.
Crowne, D. P., & Marlowe, D. (1960). A new scale of social desirability independent of psychopathology. Journal of Consulting Psychology, 24(4), 349-354. https://doi.org/10.1037/h0047358
Davis, L. E., & Cherns, A. B. (1975). The Quality of Working Life. (Vol 1. Problems, Prospects, and the State of the Art). New York: Free Press.
Dohrenwend, B. P. (1973). Some issues in the definition and measurement of Psychiatric Disorders in general populations. In Proceedings of the 14th National Meeting of the Public Health Conference on Records and Statistics, National Center for Health Statistics, Washington, D.C., USA, 14.
Grzywacz, J. G., & Carlson, D. S. (2007). Conceptualizing work-family balance: Implications for practice and research. Advances in Developing Human Resources, 9(4), 455-471. https://doi.org/10.1177/1523422307305487
Hair, J. F., Jr., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & &Tatham, R. L. (2006). Multivariate data analysis. Upper Saddle River, NJ: Pearson Prentice Hall.
Johns, G. (2010). Presenteeism in the workplace: A review and research agenda. Journal of Organizational Behavior, 31(1), 519-542. https://doi.org/10.1002/job.630
Kertesz, R., & Kerman, B. (1985). El Manejo del Stress. Buenos Aires: IPPEM, 442.
Ketchum, L. D., & Trist, E. (1992). All teams are not created equal: How employee empowerment really works. Newbury Park: Sage.
Levine, M. F. (1983). Self-developed QWL measures. Journal of Occupational Behavior, 4(1), 35-46.
Levine, M. F., Taylor, J. C., & Davis, L. E. (1984). Defining quality of working life. Human Relations, 37(1), 81-104. https//doi.org/10.1177/001872678403700105
Limongi-França, A. C. (2003). Qualidade de vida no trabalho: Conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo: Atlas.
Loo, R., & Loewen, P. (2004). Confirmatory factor analysis of scores from full and short versions of the Marlowe-Crowne social desirability scale. Journal of Applied Social Psychology, 34(1), 2343-2352. https://doi.org/10.1111/j.1559-1816.2004.tb01980.x
Massé, R., Poulin, C., Dassa, C., Lambert, J., Bélair, S., & Battaglini, A. (1988). The structure of mental health: Higher order confirmatory factor analyses of psychological distress and well-being measures. Social Indicators Research, 45(1), 475-504. https://doi.org/10.1023/A:1006992032387
May, D. R., Gilson, R. L., & Harter, L. M. (2004). The psychological conditions of meaningfulness, safety and availability and the engagement of the human spirit at work. Journal of Occupational and Organizational Psychology, 7(1), 11-37. https://doi.org/10.1348/096317904322915892
Mckevitt, C., Morgan, M., Dundas, R., & Holland, W. W. (1997). Sickness absence and ‘working through’ illness: A comparison of two professional groups. Journal of Public Health Medicine, 19, 295-300. https://doi.org/10.1093/oxfordjournals.pubmed.a024633
Meyer, J. P., & Allen, N. J. (1984). Testing the "Side-Bet Theory" of organizational commitment: Some methodological considerations. Journal of Applied Psychology, 69(3), 372-378. https://doi.org/10.1037/0021-9010.69.3.372
Meyer, J. P., & Allen, N. J. (1991). A three-component conceptualization of organizational commitment. Human Resource Management Review, 1(1), 61-89. https://doi.org/10.1016/1053-4822(91)90011-Z
Morin, E. M. (1996). L’efficacité organisationnelle et le sens du travail. In T. C. Pauchant (Ed.). La quête du sens. Gérer nos organisations pour la santé des personnes, de nos sociétés et de la nature. (Collection Manpower). Montréal, Québec: Éditions de l’organisation.
Morin, E. M. (2008). Sens du travail, santé mentale au travail et engagement organisationnel. Études et recherches, Rapport R-543, IRSST (avec collaboration de F. Aranha, FGV-EASP,62.
Morin, E. M., & Dassa, C. (2004). Characteristics of a meaningful work: Construction and validation of a scale. HEC Montréal/Université de Montréal, Montréal, QC, Canada.
Oliveira, P. M., & Limongi- França, A. C. (2005). Avaliação da gestão de programas de qualidade de vida no trabalho. RAE-eletrônica, 4(1).
Parker, D. F., & Decotiis, T. A. (1983). Organizational determinants of job stress. Organizational Behavior and Human Performance, 32(1), 160-177. https://doi.org/10.1016/0030-5073(83)90145-9
Pratt, M. G., & Ashforth, B. E. (2003). Fostering meaningfulness in working and at work. In K. S, Cameron, J. E. Dutton & R. E. Quinn (Eds.), Positive Organizational Scholarship: Foundations of a New Discipline (pp.309-327). Michigan, Berret- Koehler.
Robert, J., House, P. J., Hanges, M. J., Dorfman, P. W., & Vipin G. (2004). Culture, Leadership, and Organizations: The GLOBE Study of 62 Societies. SAGE Publications, 848.
Royuela, V., Lopez-Tamayo, J., & Suriñach, J. (2008). The institutional vs. the academic definition of the quality of work life. What is the focus of the European Commission? Social Indicators Research, 86, 401-415. https://doi.org/10.1007/s11205-007-9175-6
Sampaio, J. R. (2012). Qualidade de vida no trabalho: Perspectivas e desafios atuais. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 12(1), 121-136.
Sant’Anna, A. S., & Kilimnik, Z. M. (2011). Qualidade de vida no trabalho: Abordagens e fundamentos. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier.
Schaufeli, W. B., Bakker, A. B., & Salanova, M. (2006). The measurement of work engagement with a short questionnaire. A cross-national study. Educational and Psychological Measurement, 66(1), 701-716. https://doi.org/10.1177/0013164405282471
Schaufeli, W. B., Salanova, M., González-Romá, V., & Bakker, A. B. (2002). The measurement of engagement and burnout: A two sample confirmatory factor analytic approach. Journal of Happiness Studies, 3(1), 71-92. https://doi.org/10.1023/A:1015630930326
Schneewind, K. A., & Kupsch, M. (2006). Perspectives psychologiques de la recherche sur les liens entre vie familiale et vie professionnelle. La Revue Internationale de L'éducation Familiale, 1(19), 9-30. https://doi.org/10.3917/rief.019.0009
Tolfo, S. R., & Piccinini, V. C. (2007). Sentidos e significados do trabalho: Explorando conceitos, variáveis e estudos empíricos brasileiros. Psicologia & Sociedade, 19(esp. 1), 38-46. https://doi.org/10.1590/S0102-71822007000400007
Veit, C. T., & Ware, J., E. (1983). The structure of psychological distress and well-being in general populations. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 51(1), 730-742. https://doi.org/10.1037/0022-006X.51.5.730
Vilas Boas, A. A, & Morin, E. M. (2014a). Sentido do trabalho e fatores de qualidade de vida no trabalho para professores de universidades públicas do Brasil e do Canadá. In Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós- graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, Brasil, 38.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2013). El sentido del trabajo y lacalidad de vida en el trabajo dentro de los establecimientos públicos de enseñanza superior: una comparación entre Brasil y Canadá. Boletin Informativo, Ciudad de Quatemala: Ministerio de Relaciones Exteriores - El Heraldo Diplomático - Biblioteca Mario Monteforte Toledo, 56.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2013a). Indicadores de qualidade de vida no trabalho para instituições públicas de ensino superior: Uma comparação entre Brasil e Canadá. In Anais do Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós- graduação e Pesquisa em Administração, Rio de Janeiro, Brasil, 37.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2014). Fatores de qualidade de vida no trabalho em universidades públicas: Uma comparação entre Brasil e Canadá. In Anais do 14° Congresso de Stress da ISMA (Internacional Stress Management Association) e do 16° Fórum de Qualidade de Vida no Trabalho, Porto Alegre, Brasil, 14 e 16.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2014b). La Qualité de Vie au Travail des professeurs des établissements publics d'enseignement supérieur: Une comparaison entre le Brésil et le Canada. Rapport de Recherche de post-doctorale, HEC, Montreal, Canadá.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2015). Stress no trabalho, bem-estar psicológico e comprometimento com o trabalho: Efeitos e relações com a qualidade de vida no trabalho. In A. M. Rossi, J. A. Meurs & P. L. Perrewé (Orgs.), Stress e qualidade de vida no trabalho: Stress Interpessoal e Ocupacional (pp.119-140). São Paulo: Atlas.
Vilas Boas, A. A., & Morin, E. M. (2015a). Qualidade de Vida no Trabalho: um modelo sistêmico de análise. In V Encontro de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (EnGPR), Salvador, Brasil, 5.
Virtanen, P., Vahtera, J., Nakari, R., Pentii, J., & Kivimaäki, M. (2004). Economy and job contract as contexts of sickness absence practices: Revisiting locality and habitus. Social Science & Medicine, 58(1), 1219-1229. https://doi.org/10.1016/S0277-9536(03)00291-0
Wrzesniewski, A., Dutton, J. E., & Debebe, G. (2003). Interpersonal Sensemaking and the Meaning of Work. Research in Organizational Behavior, 25(1), 93-135.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Revista: apenas para a 1a. publicação
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os autores, no ato da submissão, aceitam a declaração abaixo:
Nós autores mantemos sobre nosso artigo publicado os direitos autorais e concedemos à revista Contextus o direito de primeira publicação, com uma licença Creative Commons na modalidade Atribuição – Não Comercial 4.0 Internacional, a qual permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista.
Temos ciência de estarmos autorizados a assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), também com reconhecimento tanto da autoria, quanto da publicação inicial neste periódico.
Atestamos que o artigo é original ou inédito, não foi publicado, até esta data, em nenhum periódico brasileiro ou estrangeiro, quer em português, quer em versão em outra língua, nem está encaminhado para publicação simultânea em outras revistas.
Sabemos que o plágio não é tolerado pela revista Contextus e asseguramos que o artigo apresenta as fontes de trechos de obras citadas, incluindo os de qualquer trabalho prévio produzido e publicado pelos próprios autores.