CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS DE MARCUSE SOBRE AS NOVAS FORMAS DE CONTROLE E DOMINAÇÃO NAS SOCIEDADES CAPITALISTAS
DOI:
https://doi.org/10.30611/2019n14id41618Palavras-chave:
Teoria Crítica, Racionalidade Tecnológica, Controle Social, Capitalismo, Cultura do ConsumoResumo
A luta pela permanência e estabilidade do capital está sendo travada na esfera cultural pela exploração da subjetividade dos indivíduos e daquilo que os faz ser o que são: a consciência. A partir da análise da Teoria Crítica da Sociedade do filósofo Herbert Marcuse, o artigo apresenta um debate que gira em torno das formas de controle social emergentes nas sociedades capitalistas, que estão voltadas para dominar os indivíduos pela satisfação das necessidades superimpostas e, contraditoriamente, movimentar as engrenagens do sistema. Investiga-se em que medida a técnica e a tecnologia contribuem para instituir as novas formas de controle social a partir do conceito de racionalidade tecnológica. O objetivo é apontar as contradições da razão em meio ao ambiente tecnológico, envolvendo a relação entre indivíduo e sociedade a partir da introjeção da cultura do consumo para a administração total da vida. A luta pela existência frente ao aparato de produção e consumo que impõe um padrão de vida crescente sofre a pressão do mundo administrado por forças estranhas ao controle dos indivíduos, comprometendo a sua emancipação por eliminar a crítica e impedir o livre desenvolvimento de suas faculdades. O debate mostra que as sociedades capitalistas reprimem, precondicionam e introjetam as falsas necessidades, minando as possibilidades reais de transformação qualitativa da sociedade.
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