O Humanismo Teórico de Che Guevara

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DOI:

https://doi.org/10.30611/2013n2id5115

Resumo

A polêmica tese de Louis Althusser sobre a ruptura epistemológina na obra de Karl Marx gerou uma série de divergências entre os marxistas nas últimas décadas do século XX. Sua ideia central é a divisão do pensamento de Marx em dois momentos: o jovem Marx, momento no qual o pensamento de Marx estaria inserido na problemática ideológica do humanismo teórico do filósofo Ludwig Feuerbach; e o Marx da maturidade, momento no qual Marx teria fundado a ciência da história e cunhado teses e conceitos para uma nova problemática, o materialismo histórico e dialético. Ideia esta que está em oposição à interpretação sobre uma evolução linear do pensamento marxiano, como se vê em György Lukács. Dessa forma, o objetivo deste texto é, mediante uma análise bibliográfica,  resgatar a tese de Althusser sobre a ruptura epistemológica no pensamenteo de Marx e, à luz desta, interpretar o pensamento de Ernesto “Che” Guevara, um dos líderes da Revolução Cubana de 1959. O pensamento de Che sobre o homem novo de moral socialista desencadeou debates sobre as condições materiais para a transição ao socialismo e fomentou práticas teóricas e concretas no curso inicial da revolução. Assim sendo, tal interpretação sobre as ideias e as práticas de Che nos indica que o seu pensamento está alicerçado no humanismo teórico que envolve o pensamento do jovem Marx.

Biografia do Autor

Caio Bugiato, UNICAMP

Doutorando em Ciëncia Política

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Publicado

2016-10-06

Edição

Seção

Artigos Fluxo Contínuo