A PRESENÇA DE FEUERBACH NOS MANUSCRITOS DE 1844 DE MARX

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DOI:

https://doi.org/10.30611/2015n6id5198

Resumo

O presente artigo tem como referência central a dissertação de Mestrado defendida por Rodrigo Alckmin no Programa de Pós Graduação em Filosofia da UFMG em 2003: Feuerbach e Marx – da sensibilidade à atividade sensível. O trabalho de Alckmin insere-se em um projeto mais amplo, coordenado pelo Professor José Chasin, que buscou reconstruir, através da leitura e análise de rascunhos, cartas, artigos e livros do período entre 1841 e 1847, os passos iniciais de Marx na constituição de sua própria abordagem.  Os estudos realizados no interior desse projeto referenciam-se na publicação, em 1995, do texto Marx: estatuto ontológico e resolução metodológica, no qual Chasin sistematizou os resultados da pesquisa empreendida por ele que apontavam a necessidade de estudos mais aprofundados de determinados autores e temas que marcaram a obra de Marx no período de formação. É, portanto, com o intuito de compreender a influência de Feuerbach no processo inicial da formulação de Marx, que Alckmin elege o autor de Princípios da Filosofia do futuro como tema de pesquisa. Como o objetivo aqui é apresentar especificamente a presença de Feuerbach nos Manuscritos de 1844, será resgatada também parte da análise, desenvolvida no interior do mesmo projeto, presente na dissertação As categorias Lebensäusserung, Entäusserung, Entfremdung e Veräusserung nos Manuscritos Econômico-filosóficos de Karl Marx de 1844, na qual a reivindicação da sensibilidade, herdada de Feuerbach, aparece de forma direta. Os resultados das pesquisas apresentadas nos três trabalhos – Chasin (1995), Alckmin (2003) e Hallak (1999) – tanto confirmam a presença decisiva de Feuerbach na constituição do itinerário marxiano, quanto apontam as diferenças entre os dois autores que podem ser identificadas já nos rascunhos de 1844.

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Publicado

2016-10-06

Edição

Seção

Dossiê Ludwig Feuerbach: Antropologia e Ética