DIALÉTICA, MARXISMO MULTIDISCIPLINAR E CORPOREIDADE
DOI:
https://doi.org/10.30611/2015n6id5201Resumo
Este texto ensaístico apresenta as primeiras aproximações de uma reflexão que pretende rearticular elementos chave metodológico da perspectiva tradicional da Dialética Marxista. Parte-se da compreensão de que o enfoque tradicional vigente da concepção metodológica e epistemológica da Dialética expressa uma matiz racionalista com forte base objetivista, representada pela prioridade dada à Economia Política Crítica, como elemento central da análise social. Resumidamente, esse enfoque tradicional refere à Ação Social ou a Ação Pessoal dos sujeitos sociais a seus conteúdos de classe ou a referências históricas racionalmente definidas, desconsiderando aspectos claramente verificáveis, e que se faz necessário considerar da ordem dos afetos, da emoção e de outros campos normalmente referidos ao inconsciente. A teleologia da ação humana se configuraria, dessa forma, no campo definido pela racionalidade social ou razão pessoal articulada a partir do histórico-social, excluindo fatores pessoais tidos como irracionaisque efetivamente definem aspectos centrais da ação social e política dos sujeitos históricos. Metodologicamente, o artigo se conforma como estudo teórico bibliográfico, cotejando obras de vários autores no sentido de vislumbrar a unidade possível entre elementos comumente tidos como opostos ou como contraditórios, se enfocados a partir da lógica não totalizadora da ação humana. Desenvolve-se a ideia de que a Dialética tradicional com toda a riqueza metodológica que representa, e consideradas suas contribuições interdisciplinares está limitada à perspectiva da consciência entendida como racionalidade consciente, considerando os aportes da psicanálise e da fenomenologia de Merleau-Ponty que podem representar contribuições inovadoras e enriquecedoras à Dialética, em seu caráter de Metodologia, teoria epistemológica e gnosiológica, pela consideração do ‘Inconsciente’ e da ‘Intuição Selvagem’, sugeridos pela psicanálise e pelos estudos de Merleau-Ponty.Downloads
Publicado
2016-10-06
Edição
Seção
Artigos Fluxo Contínuo
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