FILOSOFIA E COVID-19: FEUERBACH E EDGAR ALLAN POE COMO ANTÍPODAS DE UM MUNDO AVESSO À MORTE

Autores

  • Antônio Adriano de Meneses Bittencourt
  • Eduardo Ferreira Chagas

DOI:

https://doi.org/10.30611/2021n21id70910

Palavras-chave:

Feuerbach, Poe, Morte, Crise Sanitária

Resumo

O presente artigo discorre acerca do pensamento de Ludwig Feuerbach em articulação a um conto do famoso escritor americano Edgar Allan Poe, A Máscara da Morte Rubra, de 1842. Reflete-se aqui sobre a pretensa fixidez e cerceamento do conceito de vida, que, no mundo contemporâneo, modelado pelos vultos da razão e da religiosidade, expulsam o papel da morte como elemento fundamental através do qual se afirma a natureza em nós, sendo, aqui, denunciado como um impropério o desejo de expurgar a inexorável presença de Tânatos (Θάνατος) além do indício de uma postura que se transmuta moralmente em um tratamento aversivo à natureza e à vida. No mesmo, tecemos alguns comentários acerca da relação entre a crise sanitária referente à pandemia da Covid-19 e à urgência de um novo paradigma que se eleve sobre o já desgastado Antropoceno, a “Era do homem”, que convulsiona ante os abusos cometidos pela humanidade em relação ao mundo natural, com destaque a uma reflexão sobre a morte como pretensão de se abrir uma senda ao possível enlace da consciência ante ao seu destino final na natureza.

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Publicado

2021-04-30

Edição

Seção

Artigos Fluxo Contínuo