PENSAMENTO SOCIAL HABERMASIANO E O “SOCIAL” BRASILEIRO: DESA-FIOS AO BOLSONARISMO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30611/2021n24id78026

Palavras-chave:

O “Social”, Sociedade brasileira, Teoria Crítica, Formas de vida

Resumo

Certa vez Habermas afirmou que os temas centrais da sua trajetória filosófica são esfera pública, discurso e razão nos quais, a meu ver, ainda encetam profundos desdobramentos ao esteio social circunscrito em uma determinada realidade de mundo e, mais precisamente, nesta pesquisa, a brasileira. Nesse sentido, a partir desse design filosófico habermasiano, o tema do “Social” emerge enquanto ponto heurístico de pesquisa, pois ele pode ser pensado como um possível corolário da ideia de sociedade contida no postulado do mundo da vida em Habermas. Sob um ponto de vista sociofilosófico, o “Social” é entendido pelas práticas e relações bem como as instituições sociais nas quais devem efetivar ações emancipadoras. Tomando por referência os pressupostos epistêmico-metodológicos da teoria crítica, da filosofia social bem como os elementos constitutivos do pensamento social habermasiano, procurarei explicitar, neste artigo, (1) que a lógica do atual governo brasileiro – bolsonarista – é deletéria ao “Social” brasileiro na medida em que, mediante uma disruptiva compreensão de ideologia e uma forma de cooptação à uma ortodoxia religiosa (cunho metafísico-religioso), causam situações que obstaculizam a efetivação do “Social” no Brasil, pois fragilizam, por exemplo, as relações e instituições sociais. Uma possibilidade para encaminhar uma resposta ao cenário (1) é a consolidação de uma concepção ética na qual o critério da solidariedade política seja uma mediação para efetivar o “Social” no Brasil (2) muito embora também essa perspectiva se situe enquanto tema conflitivo para um bolsonarismo.

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Publicado

2021-12-30

Edição

Seção

Dossiê Jürgen Habermas