O ATO DE FILOSOFAR EM UM MUNDO PÓS-PANDEMIA: ISSO É POSSÍVEL?

Authors

DOI:

https://doi.org/10.30611/2023n29id91332

Keywords:

Filosofia, Pandemia, Ensino

Abstract

O presente artigo objetiva analisar os impactos da pandemia no ensino de filosofia.  Mais precisamente, se ainda é possível filosofar em uma realidade de quase “terra arrasada” que atingiu a educação brasileira, durante os meses que sucederam ao noticiário da Covid-19. Para tanto, considera-se, no primeiro momento, a realidade educacional enfrentada pelos profissionais da educação no que tange ao distanciamento exigido pelas autoridades sanitárias em virtude da pandemia. Em seguida, no segundo momento, aborda-se a necessidade do ensino de filosofia, caracterizando-a enquanto possibilidade crítico-reflexiva. Apesar do distanciamento social, bem como da utilização impessoal e, por vezes, abstrata das ferramentas digitais, a práxis filosófica não pode ser descartada. Por fim, intenta-se responder à provocação inicial que dá título ao presente texto, refletindo sobre as possibilidades do ato de filosofar em realidade educacional tão hostil e, em muitos aspectos, difícil de administrar, como o contexto pós-pandemia.

References

BETO, Frei. Por que lamentas? In: Olho no Texto Wordpress. 2020. Disponível em: https://olhonotexto.wordpress.com/2020/04/16/. Acesso em: 01 jul. 2020.

BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 , que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9057.htm. Acesso em: 01 jul. 2020.

BROCANELLI, Cláudio Roberto. Matthew Lipman: educação para o pensar filosófico na infância. Petrópolis, RJ: Vozes, 2010.

CAETANO, Maria Raquel. Live. Educação Pública: direito ou mercadoria. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dXUP5ibn_XA. Acesso em: 03 jul. 2020.

COLEMARX. Em defesa da educação pública comprometida com a igualdade social: porque os trabalhadores não devem aceitar aulas remotas. Coletivo de Estudos em Marxismo e Educação. Rio de Janeiro, RJ: UFRJ, 2020.

FERRARO, Giuseppe. A escola dos sentimentos. Rio de Janeiro: NEFI, 2018.

FOUCAULT, Michel. A coragem de dizer a verdade: o governo de si e dos outros II. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2011.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 2. ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

LANGÓN, Maurício. Filosofia do ensino de filosofia. In: GALLO, Sílvio; CORNELLI, Gabriele; DANELON, Márcio. (Org.). Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003.

LARROSA Jorge. Dar a palavra. Notas para uma dialógica da transmissão. In: LARROSA, Jorge; SKLIAR, Carlos. Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

LEVINAS, Emmanuel. Entre nós: ensaios sobre a alteridade. Petrópolis: Vozes, 2010.

LYOTARD, Jean-François. Por que filosofar? São Paulo: Parábola, 2013.

MOREIRA, José Antônio; SCHLEMMER, Eliane. Por um novo conceito e paradigma de educação digital on life. Revista UFG, Goiânia, v. 20, n. 26, 2020. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/revistaufg/article/view/63438. Acesso em: 02 jul. 2020.

PLATÃO. Platão – vida e obra. São Paulo: Editora Nova Cultural Ltda, 1999.

RANCIÈRE, Jaques. O mestre ignorante: cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2002.

SANTOS, Edméa. EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o que é. Ensino remoto, o que temos. Notícias, Revista Docência e Cibercultura, agosto de 2020, on-line. ISSN: 2594-9004. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119. Acesso em: 02 de julho de 2020.

Published

2023-06-19

Issue

Section

Dossiê A Filosofia e seu ensino no Ceará