NO HORIZONTE DO MATERIALISMO: OS LIMITES ENTRE NATUREZA E CULTURA NA CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DE HELVÉTIUS E DIDEROT
DOI:
https://doi.org/10.30611/2024n32id93332Palavras-chave:
Helvétius, Diderot, educação, natureza e culturaResumo
O presente artigo debruça-se na crítica de Diderot à Helvétius. Apesar da crítica ser feita pontualmente a cada trecho comentado do livro De l’Homme de Helvétius, consideramos que ela possui um núcleo principal, que é a diferente concepção de materialismo dos autores e suas consequências para o que ambos anseiam para a sociedade. Por isso, investigamos o que há no horizonte do materialismo de Helvétius e de Diderot no que concerne à educação e como, apesar de estarem próximos no ponto de partida, o materialismo, seu norte é diferente. A escolha do tema da educação justifica-se por tratar-se de algo que ultrapassa a teorização filosófica e busca inserção prática na sociedade, mostrando assim não só as consequências práticas das teses materialistas como também o ideal de sociedade proposto por cada autor. Aqui, apontamos para as principais diretrizes sobre a construção de uma educação institucional em De l’Esprit (1754) e De l’Homme (1771), de Helvétius, nas Em Reflexions sur le livre De l’Esprit (1877) e Refutations suivre l’ouvrage intitule De l’Homme (1877)1, e em outras obras de Diderot.
1 As críticas reunidas de Diderot foram publicadas apenas postumamente. Estima-se que a segunda, dedicada à De l’Homme foi redigida em um longo período, que coincide com a redação do Plan d’Université (1775) e Elements de Phisiologie (1875).
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