DO HOMO SAPIENS AO HOMO FABER: UM POSSÍVEL DIÁLOGO ENTRE AXEL HONNETH E HANS JONAS
DOI:
https://doi.org/10.30611/2024n35id94736Palavras-chave:
Reconhecimento social, Axel Honneth, Ética da responsabilidade, Hans Jonas, Homo FaberResumo
Este trabalho examina a evolução da condição humana à luz das teorias de reconhecimento social de Axel Honneth e da ética da responsabilidade de Hans Jonas. Honneth explora como a identidade e a autonomia do indivíduo são moldadas pelo reconhecimento social e pelas relações interativas na sociedade moderna. Jonas, por sua vez, destaca a necessidade de uma ética da responsabilidade diante dos avanços tecnológicos, que devem levar em consideração as consequências futuras das ações humanas. A transição do Homo Sapiens para o Homo Faber simboliza a transformação do ser humano de um ser predominantemente racional e social para um agente produtivo e tecnológico. O diálogo entre Honneth e Jonas revela como a capacidade de transformar o mundo exige não apenas um reconhecimento social contínuo, mas também uma consideração ética profunda sobre o impacto dessas transformações no futuro. O texto argumenta que a intersecção das teorias de ambos oferece uma visão abrangente da nova condição humana, ressaltando a necessidade de integrar a responsabilidade ética e o reconhecimento social na era da tecnologia e da produção.
Referências
ANDERS, Günther. A obsolescência do homem: sobre a alma na era da segunda revolução industrial. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2016.
BRITO, Adriano Naves de. Hans Jonas e a ética da responsabilidade: fundamentos e desdobramentos. São Leopoldo: Editora Unisinos, 2008.
HABERMAS, Jürgen. Teoria do agir comunicativo: racionalidade na ação e intersubjetividade no mundo social. 2. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.
HOLMES, Pablo. As objeções de Albrecht Wellmer à Ética do Discurso e a filosofia moral fundamentada em uma teoria do reconhecimento social. In: Trans/Form/Ação: Revista de Filosofia da Universidade Estadual Paulista. São Paulo: Fundação Editora UNESP, Vol. 31 (1), 2008, p 177-196.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. 3. ed. São Paulo: Editora 34, 2003.
JONAS, Hans. O princípio responsabilidade: ensaio sobre uma ética para a civilização tecnológica. 5. ed. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
RICOEUR, Paul. O justo. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2004.
SILVA, Franklin Leopoldo e. A técnica e o humano: desafios da ética no mundo contemporâneo. 2. ed. São Paulo: Loyola, 2014.
TAYLOR, Charles. Multiculturalismo e a política do reconhecimento. Lisboa: Gradiva, 1994.
WERLE, Denilson. Luís e MELO, Rúrion. Soares. Reconhecimento e justiça na teoria crítica da sociedade em Axel Honneth. In: NOBRE, M. (Org). Curso livre de Teoria Crítica. Campinas, SP: Papirus, 2008, p.183-198.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 José Aldo Camurça de Araújo Neto
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0), que permite o compartilhamento não comercial, sem modificações e com igual licença do trabalho, com o devido reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).