OS SENTIDOS DO TEMPO NO PENSAMENTO DE KARL MARX
DOI:
https://doi.org/10.30611/2024n35id94740Palavras-chave:
Karl Marx, Fetichismo, TempoResumo
A intenção deste texto é realizar um diagnóstico crítico das formas de ser do tempo na obra de Karl Marx. Assim vamos explicitar os sentidos do tempo que influenciam a condição humana em geral e de que modo e sob que condições sua subsunção ao tempo fetichizado do capital arruína a vida humana na sociedade capitalista. A metodologia aplicada foi a de análise e revisão bibliográfica das obras de Marx e da bibliografia secundária afim de apreender dialeticamente as determinações e relações recíprocas entre as principais noções de tempo na obra marxiana. O tempo de trabalho médio socialmente necessário se põe como fundamento do valor das mercadorias na sociedade burguesa. Todavia, sua expressão e as contradições que ele enseja são ocultadas para os agentes da troca; e ao mesmo tempo ele se impõe como a forma dominante sobre os modos de ser, de pensar e agir na sociedade capitalista. A partir desta análise vislumbra-se a possibilidade do tempo livre que se põe como horizonte da crítica social, pois aponta para uma dimensão que possibilita a superação concreta das condições do tempo histórico do capital. Assim o tempo livre se põe como a possibilidade de efetivação da liberdade, da igualdade e da justiça social, elementos prometidos, porém não realizados na dinâmica abstraidora da sociedade burguesa. Tal construção processual tem possibilidade de se efetivar mediante os potenciais latentes e manifesto, porém, abafados, na imanência das contradições da sociedade vigente.
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