A COGNIÇÃO SITUADA:

UMA NOVA ABORDAGEM EDUCACIONAL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.36517/eemd.v44i89.83141

Palavras-chave:

aprendizagem ativa, cognição situada, aprendizagem corporificada, aprendizagem enativa, aprendizagem estendida

Resumo

O presente estudo tem por objetivo explorar o novo conceito de Cognição Situada e discutir conceitos-chave desta nova abordagem. Os pesquisadores que trabalharam com a Cognição Situada iniciaram este modelo teórico nos anos 1980, particularmente nos trabalhos de Brown, Collins e Duguid (1989), Wenger (1998, 1991), Suchman (1985), Lave (1988a, 1988b), Clancey (1997), Maturana (2001) e Venâncio e Borges (2006). Buscou-se apresentar e discutir as propostas de novos métodos em educação dos pesquisadores desta área. Como metodologia de estudo, fez-se uso de pesquisa bibliográfica em artigos científicos nacionais e internacionais, além de teses de doutorado. Na pesquisa sobre a Cognição Situada, esta
é considerada a partir de seu contexto, sua cultura e atividade realizada. Também os conceitos chamados de 4E são discutidos: embodied (corporificado), embedded (embutido), extended (estendido) e enactive (enativo). Esta conceituação permite compreender esta nova abordagem como uma proposta pedagógica para melhorar a qualidade do processo educacional.

Biografia do Autor

Lúcio Teles, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor em Educação pela Universidade de Toronto, Canadá. Professor da disciplina Aprendizagem Colaborativa Online e Interfaces Estéticas de Colaboração do curso de mestrado e doutorado em Educação pela Universidade de Brasília (UnB).

Zelí Isabel Ambrós

Doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB).

Referências

ALMEIDA, E. G. Aprendizagem situada. Texto livre: linguagem e tecnologia, v. 7,
n. 1, 177-184, 2014. Disponível em: https://www. researchgate. net/ publication/
277889234_APRENDIZAGEM_SITUADA. Acesso em: 27 jun. 2020.

BACICH, L; MORAN, J. (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora.
Porto Alegre: Penso, 2018.

BARRENECHEA, C. A. Cognição situada e a cultura da aprendizagem: algumas
considerações. Educar, Curitiba, n. 16, p. 139-153, 2000. Disponível em: http://
www.scielo.br/pdf/er/n16/n16a10.pdf. Acesso em: 27 jun. 2020.

BATESON, G. Steps to an ecology of mind. New York: Ballatine, 1972.

BROWN, J. S.; COLLINS, A.; DUGUID, P. Situated cognition and the culture of
learning. Educational Researcher, v. 18, n. 1, p. 32-42, jan./fev. 1989. Disponível
em: http://www. johnseelybrown.com/Situated%20Cognition%20and%20the%20
culture%20of%20learning. pf. Acesso em: 27 jun. 2021.

BRUNER, J. S. Acts of meaning. Cambridge: Harvard University Press, 1990.

CASTRO, I. F. S. C.; SOLLERO-DE-CAMPOS, F. A virtualidade para a Cognição
Situada. Ciências & Cognição, 2015, v. 20, n. 2, p. 344-354, 2015. Disponível em:
http://www. cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/1022/
pdf_62. Acesso em: 29 jun. 2021.

CESCON, E. Cognição situada e aprendizagem em contextos escolares. Itinerário
Educativo, ano 30, n. 68, p. 37-50, jul./dez. 2016.

CLANCEY, W. J. Situated cognition: on human knowledge and computer represen-
tations. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.

DEMO, P. Conhecer e aprender: sabedoria dos limites e desafios. Porto Alegre:
Artmed, 2000.

DOWNES, S. Learning networks and connective knowledge. National Research
Council Canada, 2006.

GERVAIS, F.; LOIOLA, F. A. Cognição Situada e formação prática para o ensino.
Educação em Debate, Fortaleza, ano 21, v. 1, n. 39, p. 15-25, 2000.

HUTCHINS, E. Distributed cognition. International Encyclopedia of the Social and
Behavioral Sciences. Elsevier Science, p. 1-10, 2000.

KROG, G; ROSS, J. Organizational epistemology. New York: Martin’s Press, 1995.

KUHLTHAU, C. C. Inside the search process: information seeking from the user’s
perspective. Journal of the American Society for Information Science, New Jersey,
v. 42, n. 5, p. 361-371, jun. 1991. Disponível em: http://bogliolo.eci.ufmg..pdf
br/downloads/ kuhlthau. Acesso em: 10 ago. 2021.

LATOUR, B. Como falar do corpo? A dimensão normativa dos estudos sobre a
ciência. In: NUNES, J.; ROQUE, R. (ed.). Objetos impuros: experiências em estudos
sobre a ciência. Porto: Edições Afrontamento, 2008, p. 38-61.

LAVE, J. Cognition in practice. Boston: Cambridge, 1988a.

LAVE, J. The culture of acquisition and the practice of understanding (IRL report
88-87). Palo Alto: Institute of Research of Learning, 1988b.

LAVE, J; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation.
Cambridge: Cambridge University Press, 1991.

MAGRO, M. C. Linguajando o linguajar: da biologia à linguagem. 1999. 287 f.
Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universi-
dade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

MATURANA, H. R. A ontologia da realidade. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1997.

MATURANA, H. R. Cognição, ciências e vida cotidiana. Trad. e org. Cristina Magro
e Victor Paredes. Belo Horizonte: UFMG, 2001.

MATURANA, H. R. What is it to see? Arch. Biol. Med. Exp., Santiago, v. 16, p. 255-
269, 1983.

MATURANA, H. R; VARELA, F. G. A árvore do conhecimento: as bases biológicas do
entendimento humano. Campinas, SP: Editorial PsyII, 1995.

MILLER, G. A.; GILDEA, P. M. How children learn words. Scientific American, v. 257,
n. 3, p. 94-97, set. 1987.

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa. Brasília: Ed. UnB, 1999.

PALINCSAR, A. S. Metacognitive strategy instruction. Exceptional Children, n. 53,
p. 118-124, 1986.

SANDBERG, J.; WIELINGA, B. How situated is cognition? Proceedings of the 12th
International Joint Conference on Artificial Intelligence – Ijcai, v. 1, p. 341-346,
1991. Disponível em: https://www.researchgate.net /publication/220814078-_
How_Situated _is_Cognition. Acesso em: 10 out. 2021.

SUCHMAN, L. Plans and situated actions. Cambridge: Cambridge University
Press, 1987.

VANZIN, T. TEHCo – Modelo de Ambientes Hipermídia com tratamento de erros,
apoiado na Teoria da Cognição Situada. 2005. 188 f. Tese (Doutorado em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2005.

VARELA, F.; THOMPSON, E.; ROSCH, E. The embodied wind: cognitive science and
human experience. Cambridge: MIT Press, 1991.

VENÂNCIO, L. S.; BORGES, M. E. N. Cognição Situada: fundamentos e relações com a
Ciência da Informação. Enc. Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, n. 22,
p. 30-37, 2006. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/
view/1518-2924.2006v11n22p30/362. Acesso em: 10 nov. 2021.

WENGER, E. Communities of practice: learning, meaning, and identity. Cambridge:
Cambridge University Press, 1988.

WILSON, A. L. The promise of situated cognition. In: MERRIAN, S. (ed.). An
updated-on adult learning theory: new directions for adult and continuing
education. San Francisco: Jossey-Bass, 1993, p. 71-80.

Downloads

Publicado

2022-12-26