REFLEXÕES SOBRE AS AÇÕES AFIRMATIVAS E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
ENSINO MÉDIO INTEGRADO EM MECÂNICA – CEFET (MG)
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v45i90.91584Palavras-chave:
EPT, exclusão social, lei de cotas raciais e sociaisResumo
Em 2022, há uma previsão legal para reavaliar a manutenção do sistema de cotas raciais e sociais para ingresso nas universidades e, por extensão, na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT) no Brasil. Esse dispositivo foi criado em 2016, em meio à turbulência política e social que vivíamos em nosso país. Neste texto, buscamos refletir sobre a histórica exclusão social das classes trabalhadoras nos sistemas
públicos de educação no Brasil. Além disso, buscamos avaliar os impactos da implantação da lei de cotas raciais e sociais por meio de dados das matrículas entre os anos de 2007 e 2018 para o curso técnico integrado ao ensino médio de Mecânica, ofertado pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG). O resultado foi uma mudança substantiva no perfil dos estudantes matriculados em um curso que, em tese, deveria ser mais acessível às classes trabalhadoras, mas que, devido aos mecanismos de exclusão social discutidos ao longo do texto, não representava a maioria dos ingressantes. Isso porque, durante muito tempo, as classes trabalhadoras e, em especial a população negra, acabaram alijadas do acesso a uma educação integral, pública e de qualidade, ofertada por instituições de Ensino Profissional e Tecnológico. Assim, um possível recuo nessa importante ação afirmativa seria um terrível retrocesso para a educação pública brasileira.
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