NARRATIVAS (AUTO)BIOGRÁFICAS
CONTRIBUTOS, SINGULARIDADES E PERSPECTIVAS PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v45in.91.92620Palavras-chave:
narrativas (auto)biográficas, formação docente, colcha de retalhos.Resumo
Este artigo traz um recorte da dissertação intitulada de Memórias e formação docente: das teias do vivido à tessitura de si por meio de narrativas escritas de professoras, uma dimensão da Colcha de Retalhos, do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEF) da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Nesse artigo, discute-se a relevância do uso das narrativas (auto)biográficas, destacando o dispositivo investigativo metodológico e de formação: Colcha de Retalhos, de autoria da Berkenbrock-Rosito (2009). Dessa feita, tem-se como objetivo o alcance da escuta sobre a formação de três professoras que atualmente se encontram na condição de docentes aposentadas, por meio da dimensão escrita da Colcha de Retalhos. Desse modo, utilizaram-se como referência os estudos de histórias de vida e narrativas (auto)biográficas em Josso (2004, 2010), Delory-Momberger (2010, 2012), dentre outros. Pautou-se também em Freire (1987, 1996) para destacar a importância do desenvolvimento da autonomia e em Adorno (2000) para tratar da emancipação do sujeito. Assim, a Colcha de Retalhos propiciou o desenvolvimento da sensibilidade, a retomada de experiências formadoras e os sentimentos guardados no tempo e no espaço docente. A construção dos dados narrativos está canalizada para a finalidade da pesquisa, isto é, defender a importância de processos (auto)biográficos na formação docente tomando como contexto retalhos históricos de professoras no percurso da formação acadêmica.
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