PERCEPÇÕES E EXPERIÊNCIAS VIVENCIADAS NA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL EM PALMAS (TO)
RELATOS DE PROFESSORES
DOI:
https://doi.org/10.36517/eemd.v45i90.92692Palavras-chave:
educação integral, formação, políticas públicasResumo
Trazer à luz das discussões o debate em torno da Educação de Tempo Integral (ETI) é um dos objetivos deste artigo, que se fundamenta num estudo bibliográfico e numa pesquisa de campo exploratória para investigar o que dizem os professores de uma escola de Ensino Fundamental e os professores de uma escola estadual do Ensino Médio do município de Palmas (TO) sobre a educação de tempo integral em seu contexto institucional de atuação. Para isso, foi realizada a análise do posicionamento dos docentes no que tange à vivência e à experimentação na implementação da ETI a partir de aplicação de questionários com perguntas semiestruturadas via plataforma Google Forms confrontando as bases teóricas. O artigo aborda as legislações e políticas públicas brasileiras que garantem a implementação da metodologia de ensino e as percepções dos docentes na prática diária. Os resultados da pesquisa provocam reflexões acerca da temática, demonstrando que é preciso que se consolide na prática o que está estabelecido na legislação educacional brasileira. Embora os professores tragam alguns aspectos e pontos positivos, de modo geral suas percepções remontam à necessidade de efetivação das propostas e leis para que de fato a educação integral se concretize como uma educação pública, gratuita e de formação integral do sujeito no Brasil. Essas reflexões estimulam repensar as políticas públicas, bem como as estruturas físicas, materiais, humanas e pedagógicas das instituições.
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