Juiz de Fora e os 60 anos da Ditadura Militar
uma análise psicossocial das políticas de memória instituídas no município que deu origem ao Golpe
Palavras-chave:
Ditadura Militar, Políticas de Memória, Juiz de ForaResumo
No ano em que se completa 60 anos do Golpe Militar, o esquecimento sobre as violações dos direitos constitucionais é insistente. O período em que se instalou o terror, entre 1964 e 1985, é marcado pela destituição dos direitos e liberdades civis, pela perseguição política e pelas mais perversas formas de violências física e moral. Nesse cenário, as políticas da memória, efetivadas pelas Comissões da Verdade, são fundamentais no processo de democratização. Sendo assim, pretende-se com o presente trabalho analisar psicossocialmente os desdobramentos das políticas de memórias desenvolvidas no município de Juiz de Fora-MG em relação à ditadura militar. Através da análise documental do relatório final da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora, associada a notícias recentes que relatam tanto a permanência da ideologia da ditadura como os movimentos de resistência fundamentais para a democratização. Observou-se, portanto, disputas no campo da memória da Ditadura Militar: de um lado, um longo percurso de ameaças a democracia, culminando mais recentemente no silenciamento da questão pelo Presidente da República, de outro lado, o fortalecimento das políticas da memória no município, revelando, assim, as contradições intrínsecas ao estudo da memória e esquecimento.
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