A literatura de Adelaide Carraro entre “verdade” e ficção (1963-1993)

Autores

  • Adriana Fraga Vieira

Palavras-chave:

Ficção, Verdade, Literatura

Resumo

No início dos anos 1960 uma jovem escritora despontou no cenário literário do país com uma obra autobiográfica que prometia aos leitores a revelação de segredos e intrigas políticas envolvendo o ex-presidente Jânio Quadros. Com o sucesso comercial da primeira publicação, adotou a fórmula que a consagrou e prosseguiu escrevendo novas histórias baseadas na “verdade nua e crua”. Entre autobiografias e romances publicou quarenta e oito livros em três décadas explorando temas conectados com a realidade social, política e econômica do país.  Por explorar temas espinhosos para a época foi a primeira autora censurada pelo regime civil-militar de 1964 e a terceira com mais livros apreendidos. Mesmo relegada pela crítica literária e acusada de esquerdista, comunista e pornógrafa pelos censores e segmentos mais conservadores; sua literatura tornou-se sucesso de vendagem entre as classes populares, que consumiam esse produto cultural através de compra pelo reembolso postal. Sempre se apresentando como escritora da “verdade” e rejeitando o de escritora de ficção acabou sendo rotulada de “escritora maldita”. Este artigo discute alguns dos rótulos que marcaram essa produção literária e a relação entre realidade, “verdade” e ficção a partir do ponto de vista da escritora.

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Publicado

2019-07-21

Como Citar

Vieira, A. F. (2019). A literatura de Adelaide Carraro entre “verdade” e ficção (1963-1993). Em Perspectiva, 5(1), 09–24. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/emperspectiva/article/view/41654

Edição

Seção

Dossiê Temático