Histórias para adiar o fim do mundo
experiências da religiosidade popular e a via sacra de Monte Santo
Mots-clés :
Narrativa histórica. Religiosidade popular. Monte Santo.Résumé
A partir de uma provocação existente no livro Ideias para adiar o fim do mundo, de Ailton Krenak, apresenta-se uma breve discussão acerca da narrativa histórica, da memória e de alguns conceitos aplicados no estudo da religiosidade popular. A proposta é poder contar mais uma história para adiar o fim do mundo de comunidades religiosas de cunho popular que deixaram de existir – Rodeador, Pedra Bonita, Caldeirão e Pau de Colher – ou que demoraram para serem reconhecidas da forma como existiram para os seus membros – Belo Monte, ao invés de Canudos. Refletindo sobre essas experiências religiosas, o presente artigo levanta a necessidade do estudo da memória e das práticas de devoção da via sacra de Monte Santo, como um contraponto à leitura apresentada por Euclides da Cunha, na obra Os sertões, e para ampliar o estudo da religiosidade popular existente no sertão nordestino, apresentando fontes de pesquisa e sugerindo referencias teórico-metodológicos de análise.