“Angolas, Cabos Verdes, Santo Thomê e Costa da Mina”
Africanos, irmandades negras e religiosidades no Recife, século XVIII
Palavras-chave:
Pernambuco Colonial, Irmandades Negras, AfricanosResumo
Este trabalho tem como objetivo discutir a presença africana nas irmandades negras e suas experiências religiosas no Recife Setecentista. Tendo como ponto de partida os compromissos das confrarias, onde as nações de africanos são especificadas, intentamos demonstrar como diferentes homens e mulheres vindos da África para o Recife durante o século XVIII, utilizavam os espaços de devoção cristã como importante local de inserção e negociação na sociedade colonial. Das confrarias, escolhemos duas: Nossa Senhora do Rosário e Senhor Bom Jesus dos Martírios por serem espaços de inserção das duas principais nações de africanos do Recife: pretos angolas e minas. O intuito é de demonstrar como estas irmandades atuavam na formação de identidades e produção de contrastes entre os africanos. Portanto, nos compromissos encontramos tanto solidariedades como conflitos, pois uma vez que a comunidade africana não era homogênea, os relacionamentos poderiam ser amistosos ou não. Também intentemos demonstrar como práticas culturais vindas da África – como ritos fúnebres e festejos –, mesclaram-se ao universo cultural católico, além de apontar manifestações de cultos africanos como a roça da “preta mestra”. Nosso intuito é de mostrar como as experiências religiosas na colônia foram importantes meios de atuação da população africana e crioula.
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