AVALIAÇÃO DA INTEGRIDADE DA MUCOSA FARÍNGEA POR IMPEDANCIOMETRIA APÓS EXPOSIÇÃO ÁCIDA EM PACIENTES COM LARINGOFARINGITE

Autores

  • Larissa Freire Alves Nogueira
  • TANILA AGUIAR ANDRADE COUTINHO
  • MÔNICA COELHO ANDRADE
  • ANNA CAROLINE RODRIGUES DE SOUZA MATOS
  • CLARA MOTA RANDAL POMPEU
  • Miguel Angelo Nobre e Souza

Resumo

Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma desordem crônica decorrente do fluxo retrógrado do conteúdo gastroduodenal para o esôfago, acarretando vários sintomas. A impedanciopHmetria (MII-pH) por 24 horas é atualmente padrão-ouro para detectar episódios de refluxo em pacientes com DRGE. O valor basal da impedância tem sido usado para avaliar a integridade da mucosa esofágica, associando-se a alterações estruturais da mucosa. Objetivos: Avaliar a impedância da faringe antes (basal), após a exposição de solução ácida e a recuperação, em pacientes com Laringite atribuída à DRGE. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, intervencionista, não randomizado e aberto, realizado em humanos. Foram incluídos 20 pacientes recrutados no ambulatório de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário/UFC, no período de agosto de 2017 a junho de 2018, portadores de Laringite atribuída à DRGE. Após um exame de MII-pH por 24 horas, a sonda foi reposicionada na faringe para análise da exposição ácida pela ingestão de HCL 0,1N. O protocolo foi realizado contendo período basal (antes do ácido), início do ácido, pós-ácido e pós-ácido tardio (1 hora após o final do exame). Resultados: Do total de pacientes, 13(65%) eram mulheres com média de idade, IMC e de posição do EES a partir de vestíbulo nasal de: 49,69 anos, 30,07 kg/m² e de 16,24 cm, respectivamente. No grupo masculino, a média de idade foi de 48,28 anos, 26,67 kg/m² de IMC e de 18,52 cm de EES. A análise do período basal mostra uma média geral de impedância de 2315Ω, de 2484 Ω no início do ácido, 1091Ω no fim do ácido e de 1822Ω no pós-ácido tardio. A análise estatística mostrou uma queda significativa de impedância entre o início e o fim do ácido (p<0,0001), permanecendo essa diferença significante (p<0,0007), após 1 hora do exame. Conclusão: Podemos concluir que, os valores de impedaciometria caíram significativamente após a exposição ácida, e após 1 hora do final do exame a mesma não recuperou.

Publicado

2019-01-14

Edição

Seção

XXXVII Encontro de Iniciação Científica