ESCOLHAS, OPORTUNIDADES E DESIGUALDADE DE GÊNERO NO MERCADO DE TRABALHO
Resumo
Existem graves diferenças salariais de gênero no mercado de trabalho brasileiro. Com uma metodologia que inclui a análise quantitativa descritiva dos rendimentos com o uso de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados de 2007 a 2017 para os estados Ceará e São Paulo, considerando os níveis de escolaridade desde o analfabetismo até o ensino superior completo, isolando o salário-hora de homens e mulheres do mesmo grupo e usando os conceitos de Elasticidade-preço e Elasticidade Cruzada da Demanda, esta pesquisa objetiva investigar a discriminação de gênero à luz da Economia Comportamental, e mais especificamente estudar de forma empírica essas diferenças entre gêneros e a escolha profissional. Os dados mostram que as mulheres, de modo geral, recebem salários inferiores aos dos homens tanto na zona rural como na urbana. Além disso, foi feita a comparação dessa diferença salarial entre os dois estados brasileiros que apresentam claras divergências sociais e econômicas. Em uma sociedade com plena igualdade de gênero se esperaria que a mão de obra feminina fosse substituta perfeita da masculina, contudo os resultados indicam que a mão de obra feminina chega a ser complementar à masculina. Observou-se que a diferença salarial é maior para níveis de escolaridade mais altos, ou seja, a mulher mais instruída recebe ainda menos proporcionalmente aos homens que a mulher com menos estudo. Constata-se que a condição de demanda é mais inelástica para a mão de obra masculina que para a feminina. Em outras palavras, diante de iguais aumentos no salário-hora, a demanda por mão de obra feminina cairia mais que a masculina. Entre outras considerações, a conclusão é que o salário do homem é, em geral, historicamente maior que o da mulher em todos os graus de escolaridade, apresentando uma variação ainda maior para o nível superior completo. Com todo agradecimento ao CNPq.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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