AVALIAÇÃO DOS EFEITOS RENAIS DA PROTEÍNA TRANSFERIDORA DE LIPÍDEOS ISOLADA DA SEMENTE DO FRUTO DE MORINDA CITRIFOLIA (MCLTP1)

Autores

  • Antonio Davi Pinto Marinho
  • Aline Diogo Marinho
  • Paula Leticia Braga e Silva
  • Francisca Amanda de Oliveira Silva
  • Helena Serra Azul Monteiro
  • Helena Serra Azul Monteiro

Resumo

Introdução: O fruto da Morinda citrifolia L. (M. citrifolia), popularmente chamada de noni, é uma espécie nativa do sudeste da Ásia. Estudos recentes tem atribuído efeitos anti-inflamatorios a uma proteina isolada desse fruto, a proteína transferidora de lipídeos (McLTP1). As nefropatias agudas constituem condições que levam o Estado a altos gastos com saúde pública. Por isso, alternativas terapêuticas que visam evitar ou retardar o agravamento das lesões renais constituem medidas essenciais.Objetivos: Investigar os potencias efeitos nefroprotetores da proteina isolada transferidora de lipídeos (McLTP1) perante Lesão Renal Aguda (IRA).Metodologia: Com o intuito de induzir IRA os animais receberam gentamicina e foram tratados concomitantemente com McLTP1 por via oral, sendo ambas as substâncias administradas por 7 dias. Posteriormente foram feitas as avaliações bioquímicas, medição de citocinas inflamatórias ( IL-1, IL-6 e TNF), além da avaliação de viabilidade celular.Resultados: A McLTP1 quando administrada isoladamente não é capaz de aumentar os níveis séricos de ácido úrico e creatinina (não é nefrotóxica), mas quando administrada conjuntamente com gentamicina foi capaz evitar o aumento dos níveis plasmáticos desses marcadores bioquímicos quando comparada aos grupos em que foi administrada apenas a gentamicina. Além disso, houve diminuição dos níveis de IL-6 (pró-inflamatória) e aumento dos níveis de IL-10 (anti- inflamatória). Quanto a viabilidade celular, a McLTP1 administrada isoladamente não foi capaz de reduzir a viabilidade celular, mostrando não ser citotóxica. Quando administrada conjuntamente com a gentamicina, a McLTP1 promoveu aumento da viabilidade celular em relação aos grupos tratados apenas com gentamicina. Conclusão: A McLTP1 demonstrou ser capaz de atuar nos mecanismos inflamatórios presentes na fisiopatologia da IRA e, assim, prevenir a progressão da lesão renal induzida por gentamicina. Agradecimentos ao CNPq pela bolsa concedida.

Publicado

2017-11-08

Edição

Seção

XXXVI Encontro de Iniciação Científica