ANÁLISE DAS EMISSÕES DA COMBUSTÃO DE FILTRAÇÃO DO BIOGÁS DO LÍQUIDO DA CASCA DO COCO VERDE
Resumo
O coco verde é muito popular nas regiões tropicais principalmente pela sua água, in natura ou industrializada, e demais derivados. Entretanto, o grande consumo acarreta na geração de resíduo sólido, a casca, problema que vem recebendo atenção de pesquisadores em todo o mundo. Atualmente existem estudos da aplicação de resíduos não apenas do coco, mas também de outras cascas fibrosas, tanto para materiais de construção sustentáveis como em processos químicos diversos. O processamento da casca (prensagem), por sua vez, gera outro resíduo de grande potencial poluidor, denominado Líquido da Casca do Coco Verde (LCCV), apresentando compostos nocivos ao solo e à vida aquática. Como forma de lidar com o LCCV, pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma técnica para tratamento por digestão anaeróbia desse resíduo, obtendo resultados muito positivos na conversão dos compostos fenólicos e na produção de biogás. Este trabalho tem como objetivo global o aproveitamento do biogás gerado no tratamento do LCCV na geração de energia renovável a partir da combustão de filtração em uma caldeira de meio poroso do Laboratório de Combustão e Energias Renováveis (LACER-UFC), com foco no acompanhamento dos níveis de emissões de NOx e CO, bem como a eficiência de extração. Para isso, foram realizados experimentos de combustão de uma mistura de biogás similar à obtida na Embrapa em uma ampla faixa de razões de equivalência (0,1 a 0,9), tendo sido verificados níveis de emissão muito abaixo de 10 ppm e eficiências de extração superando 90%, mostrando que a combustão de filtração classifica-se como boa alternativa aos processos convencionais de combustão ao apresentar estabilidade da chama até para misturas ultra pobres, baixíssimas emissões de poluentes e alta eficiência de extração.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
Licença
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