ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DE BCG EM FORTALEZA-CE DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS (2015-2019)

Authors

  • Emanuela Aparecida Teixeira Gueiros
  • Marisa Nascimento Oliveira
  • Lara Maria Nogueira de Mesquita
  • Larice Costa Lourenço
  • Liana Mara Rocha Teles

Abstract

O Programa Nacional de Imunização (PNI) representa um alto investimento em saúde pública, com o intuito de evitar milhões de mortes e aumentar a expectativa de vida. Contudo, apesar do empreendimento, ainda existem grupos de recusa vacinal. Este trabalho objetiva avaliar as taxas de cobertura vacinal de BCG, no município de Fortaleza, nos últimos cinco anos. Trata-se de um relato de experiência sobre um estudo do tipo série histórica, incluindo todos os cadastros de vacinação do imunobiológico BCG em Fortaleza, entre 2015 e 2019. Os dados foram obtidos a partir do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), analisados e organizados em planilha Excel (2010). Para o cálculo percentual utilizou-se os dados totais de cadastros no sistema de informação. No período de análise, a média percentual de cobertura vacinal foi (110,38%) de vacinados. Ao analisar anualmente, o pico se deu em 2015 (139,20%) e drástica queda em 2019 (65,17%). Em 2016, 2017 e 2018, as taxas de cobertura vacinal foram de 132,69%, 112,21% e 101,80%. É importante destacar ainda, que em grande parte do período analisado a cobertura vacinal foi superior a 100%, isso pode ser explicado devido a quantidade de crianças cadastradas no sistema ser menor que a quantidade de vacinas aplicadas, dessa forma, subentende-se que uma porcentagem significativa dessa população não está cadastrada no sistema de atenção básica de saúde. Torna-se claro, portanto, que nos últimos cinco anos a taxa percentual de cobertura vacinal da BCG vem sofrendo uma diminuição significativa, trazendo a possibilidade de recrudescimento das formas graves de tuberculose que são preveníveis por essa vacina. Salienta-se também a importância de facilitar o acesso à vacina, antes aplicada nas maternidades logo após o nascimento e, agora, aplicada predominantemente na Unidade de Saúde. Sabe-se que nem todas as Unidades de Saúde dispõem de BCG diariamente, um agravante para o acesso a essa vacina.

Published

2021-01-01

Issue

Section

XIII Encontro de Experiências Estudantis