UTILIZAÇÃO DAS REDES SOCIAIS PARA A PROPAGAÇÃO DA SAÚDE DO HOMEM EM MEIO À PANDEMIA DE COVID-19: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Abstract

No processo histórico da construção dos moldes de gênero, costuma-se representar o masculino em oposição ao feminino. Nesse sentido, na formação da masculinidade, criou-se uma ideia de invulnerabilidade entre os homens e, devido a isso, eles se expõem mais a riscos. Ademais, esse público tem um acesso precário à assistência em saúde quando comparado ao público feminino. Vale destacar que houve um aumento de buscas por necessidades de saúde pelos homens, nas últimas décadas. Desse modo, o presente trabalho objetiva descrever a utilização das redes sociais para propagação de conteúdos sobre a saúde do homem. Trata-se de um relato de experiência sobre uma ação educativa desenvolvida por alunos da disciplina de Educação em Saúde do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (UFC), entre os meses de agosto a outubro de 2020, em Fortaleza/CE. O projeto idealizado foi “Suplemento diário”, que abordou assuntos pertinentes à saúde do homem, através da rede social Instagram. Foram realizadas enquetes antes e depois das publicações, para verificar o conhecimento prévio e adquirido. Nos resultados sobre o assunto Suicídio, 66 perfis obtiveram acerto sobre a temática, após a publicação 106 obtiveram acerto, um aumento de 37.7%, sobre Prostatite foram 52 perfis em contraste com 98 perfis, aumento de 42.9%. O alcance foi de 107 perfis, principalmente público feminino, ratificando a negligência da saúde masculina na sociedade devido fatores históricos, e as impressões, como curtidas, interações por enquete e publicações salvas, foram de 762. Conclui-se, portanto, o quão relevante foi a execução do projeto diante do público alvo. Quando comparados os resultados pré-teste e pós-teste, se faz nítida a aquisição de conhecimento acerca da saúde masculina. Ademais, é importante ressaltar a contribuição na quebra do paradigma da invulnerabilidade entre os homens, uma vez que os assuntos abordados mostravam o quão propensos eles estão a adquirirem problemas de saúde.