SÍNTESE DE NANOFLORES HÍBRIDAS DE LIPASES RETICULADAS COM GLUTARALDEÍDO

Authors

  • Isabela Oliveira Costa
  • Rayanne Mendes Bezerra
  • Nathalia Saraiva Rios
  • Luciana Rocha Barros Gonçalves
  • Luciana Rocha Barros Goncalves

Abstract

As lipases estão entre as enzimas mais utilizadas na biocatálise. Para aprimorar a aplicação destas enzimas é utilizada a estratégia de imobilização enzimática que possibilita a reutilização dos catalisadores e aumenta a sua estabilidade às variações nas condições de reação. Tradicionalmente a imobilização é realizada utilizando suportes, entretanto, em alguns casos ocorre uma diminuição na atividade das enzimas devido à conformação desfavorável da enzima no suporte e problemas difusionais. A imobilização de enzimas através de estruturas como as nanoflores é um método inovador, simples, rápido e de baixo custo quando comparado com outras técnicas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi sintetizar nanoestruturas biocatalíticas híbridas, semelhantes a flores, das lipases de Candida antarctica tipo B (CALB) e de Thermomyces lanuginosus (TLL) entrecruzadas por glutaraldeído (GA). A produção das nanoflores ocorreu por preciptação das lipases com os sais Cloreto de Cobre (CuCl2) e Sulfato de Cobre (CuSO4). Utilizou-se o glutaraldeído a fim de aumentar a estabilidade do biocatalisador. A atividade foi quantificada por hidrólise de p-nitrofenil butirato (pNPB). O melhor resultado foi obtido produzindo nanoflores híbridas CALB por precipitação de CuCl2 e de CuSO4 (0,8% v/v GA, a 4 ºC, 24 h) que retiveram 100% e 85,26% de sua atividade, respectivo a cada sal. As nanoflores híbridas TLL de CuCl2 e de CuSO4 retiveram 65,04% (0,4% v/v GA, a 25 ºC, 24 h) e 56,14% (0,4% v/v GA, a 4 ºC, 24 h) de sua atividade. Por meio de eletroforese, observou-se a ligação da nanoestrutura com o glutaraldeído por diferença no padrão de bandas da enzima livre, do derivado e do derivado reticulado. A imobilização também foi analisada através de espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), usado para detectar a presença dos grupos funcionais das enzimas e o agente reticulante nos derivados imobilizados. Agradecimentos ao CNPq, CAPES e FUNCAP pelo financiamento.

Published

2021-01-01

Issue

Section

XL Encontro de Iniciação Científica