ESTUDO FITOQUÍMICO-FARMACOLÓGICO DE SCHINOPSIS BRASILIENSIS (BARAÚNA)
Resumo
Schinopsis brasiliensis Engl. (Anacardiaceae), é uma árvore denominada popularmente no Nordeste como baraúna ou braúna, que no Tupi “ibirá-una” quer dizer madeira-preta. Fornece madeira-de-lei, e na medicina popular o decocto da casca do caule é usado pelos índios kariri-xoco como analgésico e anti-inflamatório. Tendo em vista o pequeno número de relato de estudos químicos e farmacológicos sobre a referida espécie, resolveu-se realizar um estudo integrado química-farmacologia com espécimes de braúna coletados na Fazenda Chaparral (dos irmãos Feitosa) localizada na região dos Inhamuns, entre Aiuaba e Tauá, CE. Inicialmente foi realizada a comparação dos óleos essenciais das folhas, extraídos por coobação em aparelho do tipo Cleavenger, a partir de 13 espécimes individuais. O líquido da coobação das folhas, depois de filtrado, foi liofilizado gerando o material denominado SBF-D. Em seguida foram obtidos o macerado (extração com água à temperatura ambiente), designado SBCC-Mac, e o decocto (extração por cozimento em água), designado SBCC-D, após liofilização dos mesmos. SBF-D, SBCC-Mac e SBCC-D foram submetidos a ensaios farmacológicos revelando atividade ati-inflamatória. A análise desses materiais por espectroscopia RMN 1H, revelou a presença da trans-4-hidroxi-(2S,4R)-N-metil-L-prolina como componente majoritário em SBF-D, e do ácido 2,6-dihidróxibenzóico (ADHB) em SBCC-Mac. Cromatografia gravitacional de SBCC-Mac, sobre gel de sílica, permitiu o isolamento de ADHB, que foi enviado para o Depto. de Farmacologia da UFC para teste como anti-inflamatório. Para os óleos essenciais os componentes majoritários identificados, por RMN 1H, foram: a e b-pineno, limoneno, mirceno e cariofileno.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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