IMPACTO DO ESTADO NUTRICIONAL EM PACIENTES COM SÍNDROME MIELODISPLÁSICA
Resumo
A síndrome mielodisplásica (SMD) representa um grupo heterogêneo de doenças clonais caracterizado por insuficiência na medula óssea e aumento da apoptose, o que leva à hematopoese ineficaz e citopenias graves no sangue periférico. Há elevado risco de progressão da doença para leucemia aguda. Sabe-se ainda, que a obesidade aumentou rapidamente em todo o mundo e representa um grande desafio de saúde pública. Adicionalmente, a presença de obesidade impacta de maneira negativa no prognóstico do câncer. Esse estudo teve como objetivo investigar e descrever características clínicas dos portadores de SMD e avaliar características de prognóstico. Para essa investigação foi feito um estudo transversal, em que 61 pacientes com SMD e um controle com 61 pessoas saudáveis foram avaliados em um Hospital Universitário. O diagnóstico e a classificação da SMD foram estabelecidos de acordo com a classificação da OMS de 2008. A classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) e o diagnóstico de Síndrome Metabólica (SM) foram estabelecidas de acordo com a OMS (1995) e NCEP-ATPIII (2002). Como resultado, a maioria dos pacientes com SMD era do sexo feminino (62,3%), a média de idade foi 73,5 anos ±10,4 e a maioria dos pacientes pertencia ao grupo de baixo risco da doença (78,6%). A média do IMC dos pacientes com SMD e indivíduos saudáveis foi de 26,0 e 25,9, respectivamente. Valores de IMC ≥25 kg/m² foram observados em 59% dos pacientes com SMD e 57,4% dos controle. A prevalência de síndrome metabólica foi de 54,1% no grupo SMD e 36,1% no grupo saudável, significativamente superior (p=0.04). Estratégias para limitar as consequências da obesidade e excesso de adiposidade da medula óssea são altamente recomendadas. Mais estudos são necessários para melhor avaliar o impacto do estado nutricional no desfecho clínico dos pacientes com SMD.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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