GERENCIALISMO NA EDUCAÇÃO: OS DESAFIOS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE UMA GESTÃO DEMOCRÁTICA NO ENSINO
Resumo
Com o início da Era Collor no Brasil, aliado ao fortalecimento do Neoliberalismo e globalização, emergiu a necessidade de uma reforma no Estado brasileiro. Com isso, o atual presidente, Fernando Collor de Melo, dá início a uma série de mudanças sociais, políticas e administrativas, no intuito de promover uma reestruturação social. No entanto, com o impeachment de Collor, Fernando Henrique Cardoso assume a presidência e dá continuidade a essas mudanças gerenciais, que se consolidam com a criação do Ministério da Administração e Reforma do Estado (MARE). O MARE tinha como objetivo o estabelecimento de diretrizes para a reforma da administração pública no país, direcionada para a maior participação da iniciativa público/privada e da sociedade civil, além da implementação de uma gestão por resultados. Dito isso, o trabalho tem como objetivo analisar o Gerencialismo na educação e como interfere na implementação de uma Gestão Democrática no ensino. São objetivos específicos: contextualizar o gerencialismo na educação, compreender a relação entre gerencialismo e gestão democrática e, por fim, refletir acerca da efetivação de uma gestão democrática no sistema de ensino. Para alcançar tais objetivos adota-se como método de pesquisa o Materialismo Histórico Dialético e como metodologia de trabalho a pesquisa bibliográfica e documental. Como resultado parcial da pesquisa, percebeu-se que no campo educacional, a reforma gerencial é identificada por meio da aplicação de princípios empresariais na educação, portanto, adotou-se um modelo de gestão que tem como objetivo a eficiência e a eficácia no ensino, tendo como foco os resultados, a competividade e a responsabilização de professores e gestores pelo fracasso escolar. Compreendeu-se, portanto, que tais princípios são incompatíveis com uma gestão democrática no ensino.Publicado
2021-01-01
Edição
Seção
XXIX Encontro de Iniciação à Docência
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