SÍNTESE DE ÉSTERES A PARTIR DO ÓLEO DE NIM (AZADIRACHTA INDICA A. JUSS.)

Autores/as

  • Elton Erick Carneiro da Silva
  • Denilton Garcia dos Santos
  • André Luiz Nascimento de Sousa
  • Francisco Marlon Fontenele Lemos
  • Nagila Maria Pontes Silva Ricardo

Resumen

Problemas ecológicos com derivados de petróleo, incentivam a busca por fontes energéticas alternativas. Nesse campo, destacam-se os bioderivados, como os óleos vegetais, desde que esses sejam provenientes de espécies resistentes e que não apresentem uma competição com o mercado alimentício. É notório que reações de esterificação modificam e melhoram a estrutura desses óleos para aplicação como biocombustíveis. Dadas tais características, uma espécie desperta interesse na aplicação requerida, a Azadirachta indica A. Juss, com o nome popular de Nim. Este trabalho objetivou a síntese de biodiesel a partir do óleo das sementes de Nim, bem como a caracterização estrutural, térmica e físico-química do produto obtido. A metodologia utilizada englobou a extração do óleo via extrator soxhlet, a produção de ácidos graxos livres, e a obtenção de ésteres metílicos por meio de reações de esterificação e transesterificação. Foram realizados testes físico-químicos nos produtos, tais como índices de viscosidade, acidez, iodo, saponificação e de estabilidade oxidativa. O produto foi caracterizado por Ressonância Magnética Nuclear (RMN), Cromatografia Gasosa (CG), Espectroscopia de Infravermelho (FT-IR) e Termogravimetria (TG), para avaliar suas propriedades estruturais e térmicas. Como principais resultados destaca-se que as análises de RMN confirmam a conversão de óleo em biodiesel, a cromatografia indica que o triglicerídeo do óleo é formado por um mix de ácidos graxos, sendo o majoritário o ácido oléico (62,01%), a termogravimetria mostra que o produto degrada-se à temperatura de 208,5°C, e a análise oxidativa confirma que ele é capaz de passar 7 horas sem oxidar. Portanto, nota-se que a produção de biodiesel a partir das sementes de Nim é viável. As análises mostram uma boa estabilidade térmica e oxidativa do produto, provando que o mesmo pode ser usado como alternativa ao uso de derivados de petróleo. Por fim, registra-se agradecimento ao PIBITI pelo incentivo ao projeto.

Publicado

2022-01-01

Número

Sección

IV Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação