LEVANTAMENTO FLORÍSTICO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO PACOTI, EUSÉBIO-CE.
Resumo
O processo de urbanização do Brasil teve início a partir da colonização europeia do país, há aproximadamente 500 anos, e resultou na fragmentação dos ecossistemas, orientada pela busca do crescimento socioeconômico. Embora esse processo tenha demorado um pouco mais a iniciar no Ceará, no início do século XVIII os canaviais no litoral e a pecuária no sertão já caracterizavam a Capitânia do Ceará e formavam mosaicos na paisagem. O local desse estudo está situado no complexo vegetacional da zona costeira, uma dos doze unidades fitoecológicas do estado. Esta unidade tem diferentes fitofisionomias, como Florestas de Tabuleiro, Arbustais de Tabuleiro, Campos Praianos (restingas), Arbustais Praianos, Manguezais, Vegetação de Dunas semi fixas e móveis e vegetação de dunas fixas. Essa região costeira agrega espécies do Cerrado, da Caatinga e de outros Domínios Fitogeográficos brasileiros, e pode ser considerado um ambiente ecotonal. A APA (Área de Proteção Ambiental) do rio Pacoti, onde o estudo foi realizado, apresenta todos essas fitofisionomias, com exceção de falésias, apontando para uma grande diversidade de flora. Para a elaboração da lista florística, objetivo do trabalho, foi empregado o método do caminhamento, com o esforço amostral de três coletores, coletas feitas semanalmente, com registro fotográfico e de GPS (Global Positioning System). As espécies foram listadas segundo o sistema de classificação APG IV, com auxilio do banco de dados do Reflora (herbário digital), guias ilustrados e bibliografia básica. Foram catalogadas 29 espécies nativas de 19 famílias, das quais se destacam em número de espécies a Fabaceae (08), Rubiaceae (08) e Malvaceae (03). É importante salientar que os dados são parciais, pois a coleta e análise dos dados ainda estão em andamento.Publicado
2019-01-14
Edição
Seção
XXXVII Encontro de Iniciação Científica
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